UFFS conquista Prêmio Guia do Estudante – Destaques de 2014 na categoria Inclusão

Publicado em: 04 de novembro de 2014 00h11min / Atualizado em: 04 de novembro de 2014 00h11min

O anúncio foi feito no início de novembro, em São Paulo. A Universidade Federal da Fronteira Sul concorreu na categoria Inclusão com o projeto “Política de Ingresso na Graduação”, o qual garante que 90% dos alunos da Instituição sejam oriundos de escolas públicas. A organização do prêmio recebeu 2.466 inscrições de 1.067 instituições de ensino superior de todo o país.

A premiação faz parte dos Prêmios Santander Universidades e tem como objetivo reconhecer as instituições de ensino superior que mais se destacaram no período de julho de 2013 a junho de 2014. A UFFS foi representada no anúncio das instituições vencedoras em cada categoria pelo reitor, Jaime Giolo, e pelo pró-reitor de Graduação, João Alfredo Braida.

Para João Alfredo Braida, o prêmio tem um significado importante para a UFFS, “pois representa um reconhecimento nacional da política de ingresso implementada desde o início de funcionamento da Instituição. As possibilidades de inclusão estão na origem da UFFS, tanto que possui 90% dos estudantes oriundos de escolas públicas. A UFFS foi concebida para que os filhos e os netos dos trabalhadores possam frequentar uma universidade”, entende Braida.

Também entusiasmado com o reconhecimento da política de ingresso dos estudantes na UFFS, Jaime Giolo afirma que a importância da premiação também está na reafirmação das práticas ligadas à ideia de uma maior democracia nas relações sociais. “Com certeza o prêmio vai dar mais visibilidade à UFFS no plano nacional, tanto que algumas instituições já me procuraram para conhecer mais o nosso modelo”, afirma Giolo.

O projeto de inclusão da UFFS

Em 2013, a UFFS iniciou um novo modelo de reserva de vagas para ingresso nos cursos de graduação. A Política de Ingresso na Graduação atende a estudantes classificados através de sua situação econômica (renda familiar), através de sua etnia – negra, indígena, parda, branca – e, principalmente, classifica os alunos pela sua trajetória escolar: ensino público, privado ou parcialmente público, por categoria administrativa.

Com a nova Política, a UFFS traçou uma linha de equidade entre o percentual de alunos matriculados no ensino médio das escolas públicas dos três estados do Sul do Brasil e as vagas de graduação ofertadas pela Instituição. No Rio Grande do Sul, o último censo indicou que 90% dos estudantes do Ensino Médio estão em escolas públicas, dessa forma, nos campi da UFFS naquele estado, 90% das vagas são reservadas a esse perfil estudantil. O mesmo acontece nos estados do Paraná e em Santa Catarina, onde 88% e 85% das vagas, respectivamente, constituem a cota escola pública. Ainda inovando, a UFFS inclui uma cota para estudantes que cursaram parcialmente o Ensino Médio em escolas públicas. O novo modelo favorece a qualidade do ensino, sob todos os aspectos, pois descentraliza preocupações e o comprometimento com a melhoria da educação e da escola.

O compromisso da UFFS com a escola pública existe desde a fundação da Instituição, em 2010. Já nos primeiros processos de seleção, os alunos dessas escolas eram favorecidos por meio do “fator escola pública”, com índice de 10%, 20% ou 30% aplicado à nota do ENEM, contemplando cada ano do Ensino Médio cursado nessa rede escolar. A sanção da Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012 (Lei da Reserva de Vagas) oportunizou à UFFS reformular e aperfeiçoar o seu modelo de ingresso, incorporando integralmente os dispositivos legais e complementando-os. A nova Política de Ingresso na Graduação da UFFS faz justiça à trajetória escolar dos candidatos, ao perfil econômico das famílias e à caracterização étnica da população.

A nova Política aponta para dados extremamente relevantes no que diz respeito à inclusão dos alunos de escola pública no Sistema Federal de Ensino Superior: somente no último processo seletivo da UFFS, 90% dos alunos ingressantes são oriundos do ensino público. A nova Política possibilitou que os filhos de famílias social e economicamente desassistidas pudessem iniciar o processo de transformação da sua própria realidade ao acessar o ensino superior de forma gratuita e com assistência.