Evento fecha ciclo de seminários
Reforma Agrária, Agroecologia e Educação foram discutidas entre professores, gestores e estudantes

Publicado em: 30 de outubro de 2017 14h10min / Atualizado em: 30 de outubro de 2017 14h10min

A terceira etapa dos Seminários Regionais em Educação do Campo, em 2017 – projeto da UFFS – Campus Chapecó em parceria com o Incra – aconteceu entre os dias 24 e 26 de outubro, em Chapecó. Foi o II Seminário de Agroecologia das Escolas do Campo, que reuniu aproximadamente 140 pessoas, entre professores, gestores e estudantes do Ensino Médio que atuam em escolas de assentamentos e acampamentos do Sul do país.

Plateia aparece de costas, enquanto palestrante fala na frente da sala

Conforme o professor da UFFS – Campus Chapecó, que está à frente dos Seminários, William Simões, o principal objetivo é proporcionar um momento de reflexão e compreensão de como as escolas estão contribuindo ou podem contribuir num processo agroecológico em consonância com a Reforma Agrária popular. “Isso, é claro, perpassado pelo debate da Reforma Agrária, o modo de vida camponês e a Agroecologia. Discutimos como a educação pode contribuir para a construção da Agroecologia e de que modo ela se constitui uma importante matriz pedagógica na sociedade”, pontuou.

Conforme o professor, a comunidade regional também esteve presente, com representações de movimentos sociais (MST, MMC), sindicatos e casas familiares rurais. O ciclo deste ano foi fechado atendendo em torno de 450 educadores e educandos da Reforma Agrária, e aproximadamente 1.050 desde o início, em 2016. Segundo ele, a continuidade do projeto só depende da possibilidade de financiamento por parte do Incra, com um termo aditivo para 2018, uma vez que o pedido já foi feito.

“Sentimos as pessoas motivadas e participantes ao longo do período, querendo pensar a agroecologia como uma matriz pedagógica possível e necessária de ser trabalhada nas escolas. Ao mesmo tempo, há uma angústia com a conjuntura, com o corte de recursos. Temos muitos desafios, mas a avaliação é de que a formação continuada é algo potencial como elo entre a Universidade e a comunidade regional”, finaliza.