Revista do Programa de Pós-Graduação em História é aprovada na Scopus
Banco de dados reconhecido internacionalmente reúne revistas, livros e outras publicações científicas

Publicado em: 05 de agosto de 2021 11h08min / Atualizado em: 05 de agosto de 2021 13h08min

A “Fronteiras: Revista Catarinense de História” (FRCH) foi aprovada na Scopus, uma espécie de biblioteca virtual, ou seja, um banco de dados reconhecido internacionalmente e que congrega resumos e citações da literatura revisados por pares: revistas científicas, livros, processos de congressos e publicações do setor.

A FRCH foi criada na década de 1990, pela Associação Nacional de História (Anpuh) – Seção de Santa Catarina. A professora de História da UFFS – Campus Chapecó Samira Peruchi Moretto assumiu em 2016 a diretoria da Anpuh e iniciou as tratativas para incorporar a revista no portal de periódicos da UFFS.

Em 2018, a revista foi incorporada no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) da UFFS, em uma parceria do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da UFFS – Campus Chapecó e a Anpuh-SC. A partir da decisão, a revista foi adaptada para que essa incorporação fosse possível.

Desde então, a professora também assumiu como editora da revista e definiu-se que os editores sejam ligados ao PPGH, pois "a ideia é que a revista tenha editores por tempos mais longos, para dar continuidade ao trabalho”, relata Moretto.

Conforme a professora, a área de concentração do PPGH/UFFS é “Fronteiras, Migrações e Sociedades”, temas abordados nos textos publicados pela revista. Fronteira é o eixo estruturante, articulador e propositivo. As categorias Migrações e Sociedades são aplicadas para pensar e repensar fronteiras, sejam elas políticas, econômicas, sociais e/ou ambientais.

“Quando há uma revista acoplada em um programa de pós-graduação, significa que temos a possibilidade de trazer para dentro do programa novas temáticas que estão sendo abordadas sobre o escopo da revista que dialogam com a nossa área de concentração, mas não necessariamente que será o local onde publicaremos os nossos resultados de pesquisa. A ideia de ter uma revista é que ela não seja endógena, a ideia é o contrário: que a gente receba artigos de fora para ampliar nosso conhecimento de temas para além do que estamos produzindo no nosso programa”, evidencia a professora.

Para o processo de incorporação da revista pelo programa foi necessário fazer várias adaptações na revista. A professora contou com a contribuição – segundo ela, “fundamental” – da chefe da Divisão de Bibliotecas da UFFS, a bibliotecária Franciele Scaglioni da Cruz. Também foi preciso, conforme acordo com a Anpuh-SC, digitalizar e disponibilizar todos os números.

A partir do momento em que ela entrou no portal, foi possível colocar a revista em bancos de dados de indexadores. Para estar na Scopus, foi feita a submissão e, até a aprovação – 18 meses depois – foram necessárias outras várias adaptações, indicadas pela própria Scopus. Uma delas, por exemplo, foi ter todos os dados que estão no site da revista em inglês e espanhol.

A revista já foi aprovada em outros oito indexadores, mas a aprovação na Scopus foi uma forma de reconhecimento. “Estamos muito felizes por termos conseguido nos enquadrar na qualidade de um periódico para ser recebido em um portal de tamanha grandeza quanto a Scopus”, ressalta a professora.

O trabalho coletivo, especialmente com o apoio da bibliotecária Franciele, foi fundamental, conforme a professora Samira. “Meu trabalho foi auxiliar a professora Samira a adequar a revista Fronteiras aos critérios impostos pela Scopus. Além disso, desde o início das conversas sobre a indexação na Scopus, foram realizadas melhorias no layout da página da revista, padronização dos metadados, atribuição de DOI aos artigos, possibilidade de inserção do Orcid dos autores e publicação das estatísticas da revista, tanto de citação do Google Scholar quanto de download de artigos e visualização da página”, comenta Franciele.

Mais sobre a “Fronteiras: Revista Catarinense de História”

A FRCH é publicada duas vezes ao ano: em julho e dezembro. A partir de 2022, os números serão em janeiro e agosto. A avaliação é feita às cegas, por pares, indicados pelo Comitê Editorial da revista ou pelos organizadores do dossiê (quando há propostas de dossiê). Quando há empate ou alguma discrepância, vai para uma terceira avaliação. Antes de chegar ao processo avaliativo há uma série de quesitos discriminados e que quem faz a triagem inicial é o editor.

“Em média, são de 30 a 40 submissões cada edição da revista. Dessas, entre 15 a 20 artigos são selecionados. As avaliações são feitas  exclusivamente por doutores, que levam em consideração, principalmente, a qualidade e o ineditismo dos textos”, ressalta a professora.

Há algumas sessões na revista: artigos – condensados em dossiês ou livres -, resenhas, traduções, relatos e entrevistas. Atualmente, segundo a professora, são aceitos artigos em português e espanhol, mas, em breve, também serão aceitos artigos em inglês. Todos os artigos têm o resumo em português e o abstract em inglês.

O tempo do recebimento até o retorno é de três a nove meses, com média de quatro meses.