Crianças brincam no Campus Chapecó e graduandas aprendem mais sobre a Educação Infantil
Oficinas geraram curiosidade e despertaram a ludicidade nos pequenos visitantes

Publicado em: 14 de junho de 2017 16h06min / Atualizado em: 14 de junho de 2017 17h06min

Um carro em alta velocidade de um lado, uma princesa num lindo vestido do outro. Rostinhos pintados, olhinhos curiosos e uma insaciável vontade de criar, imaginar, mexer, conhecer, brincar. Assim foi a segunda-feira (12) para estudantes de Pedagogia da UFFS – Campus Chapecó que cursam o componente curricular Estágio Curricular Supervisionado: Educação Infantil, estão no PIBID ou são estagiárias do Life – cheia de aprendizado, experiências e crianças.Duas estudantes fantasiadas sentadas de frente para duas crianças, pintam os rostos dos pequenos

Os pequenos se deslocaram à UFFS – Campus Chapecó e foram ao espaço da Brinquedoteca. Conforme a professora do componente, Lisaura Beltrame, essas foram atividades experimentais. “Temos esse espaço há algum tempo e mudamos várias coisas, construímos brinquedos. As alunas vêm aqui, vivenciam, fazem desenhos. E fomos sentindo a necessidade de uma experimentação, de saber como as crianças se sentiam nesse espaço”, contou.

O espaço do qual ela se refere é o Laboratório Ludobrinc, que contém a Ludoteca. Dentro da Ludoteca há a Brinquedoteca e, dentro dela, a Sucadoteca. É justamente um local de estudo, mas também para que os graduandos em Pedagogia vivenciem a ludicidade. “A gente só passa o que tem. Assim, é necessário que as estudantes vivenciem isso para passar às crianças em sala de aula”, ressaltou Lisaura.

Duas estudantes fantasiadas mostram personagens colados em palitos. Crianças estão ao fundo

Os grupos de crianças ficaram 25 minutos em cada oficina – contação de histórias, faz de conta, pinturas e tela mágica (no Life) -, e fizeram um lanche. Além da segunda-feira – pela manhã e à tarde -, a mesma atividade foi feita com a turma da professora Andreia Rivero, que ministra o mesmo componente curricular.

O professor Carlos França, coordenador do Life, frisou que duas bolsistas do PET estão realizando um tutorial e materiais escritos voltados aos professores sobre a lousa digital. Elas mostraram a tecnologia às crianças, que se divertiram nas cidades criadas e nos desenhos que apagam “feito mágica”. Conforme a bolsista Laiana Mantelli, a lousa oportuniza diferentes ações para cada fase das crianças. “Hoje, eles desenharam e descobriram que isso pode ser feito até com os dedinhos. Com os mais velhos, podemos fazer jogos, estudar com mapas, etc. Conforme vai subindo a faixa etária, você vai oportunizando formatos de aprendizado diferenciados. A lousa é uma ferramenta bem ampla”, destacou.

Crianças estão de costas, em frente à tela interativa e ao lado da bolsista

Lágrimas, sorrisos e aprendizados

O dia e tudo o que ele representou foi tão realizador que a professora Lisaura não segurou as lágrimas. “Fico emocionada, hoje é um dia muito importante pra mim. Quando entrei na universidade, esse espaço não tinha nada. Eu pensava: é um espaço público, eu preciso movimentar isso aqui, que as pessoas enxerguem esse espaço maravilhoso. E hoje vejo que é possível”.

Para as crianças, não foram lágrimas que expressaram as emoções. Foram sorrisos. A gestora do CEIM Maria Helena Alves Chagas, Daiana Gnoatto, contou que a “cantoria” aconteceu durante todo o trajeto do bairro Parque das Palmeiras, onde fica localizado o CEIM, até a UFFS. “Eles estavam muito ansiosos para vir. Tivemos uma festa junina e eles queriam saber se a vinda era antes ou depois da festa. Aqui, a experiência está sendo muito positiva. Parabenizo a equipe, pois é um espaço muito bem organizado, pensado para a infância e suas especificidades”, relatou.

As estudantes planejaram as atividades desde o início do semestre, com a orientação da professora. “Incrível” é como a estudante Sonara Nabar descreve as ações. “Tudo o que planejamos estamos vivendo. É a sensação de estarmos realizadas profissionalmente: ver a criança viver intensamente sua fase de ludicidade, do brincar”, resumiu.