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Servidora do Campus Passo Fundo coordena projeto Raízes em Movimento

Iniciativa, que visa o fortalecimento das mulheres quilombolas, conta também com a participação de estudantes da UFFS

Diretoria de Comunicação Social — 23 de Junho de 2025 — Atualizado em 23/06/2025

Servidora do Campus Passo Fundo coordena projeto Raízes em Movimento

Estudantes do curso de Medicina do Campus Passo Fundo participaram de atividade no dia 14 de junho

Há cerca de um ano, a servidora Sarah Ribeiro, da UFFS – Campus Passo Fundo, iniciou uma pesquisa com o objetivo de criar um espaço de escuta, valorização e fortalecimento das mulheres quilombolas das comunidades de Arvinha e Mormaça, ambas localizadas no município de Sertão (RS). A partir deste estudo, surgiu o projeto Raízes em Movimento, que propõe a articulação de saberes ancestrais, cultura popular e empoderamento feminino.

Sarah inscreveu o projeto e obteve aprovação para o financiamento por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Ministério da Cultura/Governo Federal. A iniciativa tem também apoio do Pró-Cultura RS e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac-RS). A servidora é responsável pela concepção, elaboração e desenvolvimento de todas as etapas do projeto, que conta com a participação de voluntários e instituições parceiras.  

Ações

No dia 7 de junho, ocorreu a abertura oficial do projeto, na comunidade Arvinha. O destaque foi a oficina “Dançando nossas origens”, conduzida pela professora carioca Viviane Soares, que trouxe elementos do samba de gafieira e do samba no pé como ferramentas de expressão, autocuidado e conexão ancestral. A atividade começou com uma reflexão coletiva sobre a pergunta: “O que é ser uma mulher negra empoderada?”. O evento contou com a presença de importantes lideranças quilombolas e autoridades locais.  

Em 14 de junho, foi a vez da comunidade Mormaça receber a oficina “Trançando Histórias”, conduzida pelas oficineiras Larissa e Stéfanie Machado, do salão Bella Hair. A atividade abordou temas como autoestima, estética afro, cuidado com cabelos crespos e afros, além de técnicas de finalização e tranças. O encontro foi marcado por rodas de conversa, demonstrações práticas e trocas de vivências sobre os impactos dos padrões de beleza eurocêntricos e a importância da representatividade na mídia. No último sábado, 21 de junho, foi realizada a segunda etapa da oficina na comunidade Arvinha.  

Como parte das ações de formação e inclusão, no dia 14 de junho, as estudantes Julia Schirmer e Larissa Lopes Endlich, do curso de Medicina da UFFS - Campus Passo Fundo, participaram das atividades, apresentando às mulheres quilombolas formas de ingresso na universidade, políticas estudantis e o funcionamento das cotas específicas para quilombolas. Foi uma conversa que gerou reflexões importantes sobre acesso à educação superior e políticas afirmativas.

Para os dias 28 de junho (em Mormaça) e 5 de julho (em Arvinha) está programada a oficina "História e Indumentária Afro-brasileira: turbantes, estampas e significados", com Tânia Mara Duda, pesquisadora de moda afro-brasileira.

Oficina “Dançando nossas origens”, conduzida pela professora carioca Viviane Soares

Participação

“Em todas as oficinas, levo um grupo de estudantes da UFFS, com o intuito de promover diálogos sobre políticas de acesso à universidade, cotas e programas de apoio estudantil. Como servidora da UFFS, busco sempre fortalecer essas conexões entre os universitários e as comunidades quilombolas”, destaca Sarah. 

Além da UFFS, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Sertão também tem participado das ações. “Destaco ainda a contribuição do fotógrafo Diogo Zanatta, responsável pela cobertura fotográfica do projeto, que também está produzindo um registro audiovisual das atividades”, comenta Sarah. O projeto tem um perfil no Instagram (@raizesemmovimento.rs), no qual são divulgadas todas as ações.

“Projetos culturais como este têm um papel fundamental na democratização do acesso à cultura, na valorização de patrimônios imateriais e no reconhecimento de histórias que muitas vezes são invisibilizadas. Além das atividades culturais propriamente ditas, o projeto também promove diálogos sobre direitos, cidadania e políticas públicas, com o objetivo de gerar transformação social a partir da cultura”, explica Sarah.  

Mulheres quilombolas na oficina “Trançando Histórias”, conduzida pelas oficineiras Larissa e Stéfanie Machado

Comunidades

Quilombo Arvinha: Fundado por Cezarina Miranda em 1889, mulher negra escravizada que teve cinco filhos com o coronel Francisco de Barros Miranda, dono das terras. Atualmente residem 24 famílias, ocupando uma área de 10 hectares. Arvinha se destaca por sua organização e força cultural.

Quilombo Mormaça: É a comunidade quilombola mais antiga da região norte do RS, com cerca de 30 famílias em 10 hectares. Fundada por Francisca Vieira da Silva, a “Chica Mormaça”, que atuava como curandeira e parteira, a comunidade enfrenta disputas territoriais e luta pelo reconhecimento desde 2001.

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