Na Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Passo Fundo está em andamento o projeto de extensão “Ações afirmativas e questões étnico raciais: diálogos entre universidades, escolas e comunidade”. Coordenado pela professora Priscila Pavan Detoni, o projeto tem como propósito aproximar a Universidade das escolas e da comunidade, estimulando pertencimento, inclusão e respeito às diferenças por meio de ações educativas.
A iniciativa aborda temas relacionados às diversidades de gênero, raça, classe e deficiência, reforçando o compromisso social da UFFS e a construção de uma cultura de paz. O projeto prevê ações mensais em escolas da rede pública e no Campus Passo Fundo, buscando acolher os estudantes universitários e disponibilizar informações sobre a possibilidade de acesso à Universidade por meio de diferentes cotas, como para pessoas negras, indígenas, com baixa renda familiar, e pessoas com deficiências.
“Para tanto, propomos a possibilidade de integração de professores, estudantes universitários e das escolas públicas nas ações de enfrentamento aos preconceitos, através de oficinas e rodas de conversa mensais, que problematizam a reprodução de práticas discriminatórias nas relações sociais e instituições, além de disseminar o conhecimento sobre a política de cotas”, salienta Detoni.
Conforme os participantes do projeto, “os temas abordados durante os encontros são considerados de extrema relevância e contemplam as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de graduação de Medicina e Enfermagem, as quais enfatizam a formação em saúde com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, permitindo a construção de acadêmicos humanizados, críticos e reflexivos. Destacando o enfrentamento ao racismo, sexismo, etarismo, capacitismo, ageísmo e outras formas de discriminação através da cultura de paz”.
“Por isso, faz-se necessário desenvolver ações efetivas de pertencimento, inclusão e respeito às diferenças, no que tange as questões relacionadas às diversidades, que perpassam marcadores sociais interseccionais de gênero, raça/etnia, classe, deficiências entre outras, afinal as desigualdades sociais implicam diretamente no conceito amplo de saúde e acesso à educação. Entãotemos que nos aproximar da comunidade. Isso aumentou muito com o projeto, fez pessoas que pensam a universidade federal como inacessível um local possível, pelo fato do projeto ter atingido populações minoritárias”, menciona Detoni.