O vice-reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Antônio Andrioli, falou sobre “Sustentabilidade e Educação” para os professores da rede de ensino de abrangência da 14ª CRE – Coordenadoria Regional de Educação.  Os encontros aconteceram nos dias 18 e 20 nos municípios de Santo Ângelo, Três de Maio e Santa Rosa, no Rio Grande do Sul.

A primeira palestra aconteceu  no dia 18 durante a programação do Período de Formação Continuada dos Profissionais da Educação Básica, no Teatro Antonio Sepp - Centro Municipal de Cultura, em Santo Ângelo. Na quarta-feira 20, o dirigente encontrou-se com os professores durante a manhã no Clube Buricá, em Três de Maio, e durante a tarde o encontro aconteceu no Centro Cívico, na cidade de Santa Rosa.

Durante o encontro em Santo Ângelo, Andrioli destacou que sobre o tema da sustentabilidade já foram realizados muitos eventos, publicações, acordos e discussões que têm circulado com muita frequência na imprensa, e apesar de parecer um conceito atual, já vem sendo discutido desde a década de 1970, quando surgiu como termo “desenvolvimento duradouro”. Segundo Andrioli, a idéia de sustentabilidade significa o desenvolvimento e  todas as políticas públicas construídas de tal forma que elas possam prever a participação das gerações que não nasceram ainda. “A ideia de futuras gerações  é o que está na base da ideia de sustentabilidade”, reforçou.

Para ele, atualmente, está surgindo um modismo em torno desse tema, de maneira que ninguém mais pensa no conceito, apenas o reproduz sem conhecer o que realmente ele significa. “Se discutirmos o que significa sustentabilidade, teremos que fazer uma opção entre aquilo que é uma sociedade mais humana e aquilo que se “intitula” como uma sociedade mais humana, mais livre, mas que impede a mudança das relações”, destacou Andrioli. Durante a palestra para os professores, o vice-reitor também enfatizou que são necessários programas e ações que discutam os problemas acerca da sustentabilidade, da educação e meio ambiente. Mas, segundo o dirigente, somente isso não basta, “sendo necessário entender melhor os problemas ambientais para que se possa implementar ações cada vez mais pertinentes”.

Sobre a relação da sustentabilidade com a educação, para Andrioli existem três aspectos a serem considerados: não existe formação continuada nem educação, se não for a longo prazo; só há como construí-las dentro de um contexto que traz os problemas ambientais de forma claríssima; e o conhecimento só faz sentido se conseguirmos com ele sermos mais livres e, portanto, mais humanos, e com isso construir mais qualidade de vida. “Os condicionamentos que a natureza e a sociedade em que vivemos já nos colocam, merecem a nossa consideração quando elaborarmos as demandas para a educação continuada”, finalizou Andrioli.