Publicado em: 19 de junho de 2018 17h06min / Atualizado em: 20 de junho de 2018 08h06min
O professor Felipe Beijamini, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, foi um dos pesquisadores premiados pela Escola Latina Americana sobre Educação, Ciências Cognitivas e Ciências Neurais (LASchool). Para essa edição da LASchool foram premiados 40 pesquisadores de uma lista de 278 inscritos. O evento, que é realizado no período de 18 a 22 de junho, no Chile, reúne pesquisadores de todo o mundo para produzir novas propostas de projetos com potencial relevante para desenhar, desenvolver e implementar práticas educacionais baseadas em evidências.
Esta é a segunda vez que o professor é contemplado com a premiação, mas desta vez ele apresentou os resultados de sua pesquisa que discute os padrões de sono e a qualidade de sono na população brasileira. A primeira foi em 2015, quando era pós-doutorando na Universidade de Tuebingen, na Alemanha. Com a palestra intitulada “Do Laboratório de sono para a ecologia do sono, abraçando a pesquisa em sono no mundo real”, o professor apresentou os padrões de sono observados numa comunidade de Minas Gerais, em que os moradores dormem e acordam cedo e apresentam menor variação entre seus horários de dormir, quando comparado a dias de semana e aos finais de semana, representando, assim, maior qualidade de sono.
Professor Felipe Beijamini apresentando seu trabalho premiado no LASchool, no Chile (Divulgação/UFFS)
Durante o evento, Beijamini também apresentou o projeto de avaliação do efeito do atraso no início dos horários escolares sobre o sono, a cognição e a emoção dos adolescentes. O projeto está sendo desenvolvido com a estudante Laura Bruna Araújo, do Programa de Mestrado em Biociências da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e dos acadêmicos Sandieli Bianchin, do curso de Ciências Biológicas, e José Vitor Martins, do curso de Nutrição da UFFS, em Realeza.
A pesquisa tem como proposta avaliar o sono, a cognição e a emoção dos estudantes do Ensino Médio de uma escola privada em Palotina-PR. As avaliações serão feitas em dois momentos: a primeira durante o horário escolar regular; a segunda durante uma intervenção, na qual o horário de início das aulas será atrasado em uma hora. Dessa forma, as aulas, que começam às 7h30, serão iniciadas às 8h30.
O estudo segue um manifesto da Associação Brasileira do Sono publicado em 2017. O documento propõe que as aulas para os estudantes sejam iniciadas, preferencialmente, a partir das 8h30, o que, de acordo com diversos estudos, garante um mínimo de quantidade e qualidade de sono, além de um bom processo de aprendizagem.
Segundo Beijamini, "o objetivo de atrasar os horários escolares é garantir aos adolescentes a oportunidade de dormirem nove horas, como recomendado por diversos estudos publicados nos últimos 30 anos. Esse movimento já é bastante forte nos Estados Unidos e na Europa. Os horários de início das atividades escolares brasileiras estão entre os mais adiantados do mundo e, dessa maneira, privamos nossos adolescentes de sono, resultando em problemas de atenção e aprendizado", defendeu.
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