Conselho Comunitário da UFFS conclui audiências sobre expansão de cursos em Realeza
Os debates destacaram a riqueza social e cultural do Sudoeste, marcados por uma grande densidade de entidades, organizações e movimentos, e apontaram os grandes desafios regionais.

Publicado em: 14 de novembro de 2013 15h11min / Atualizado em: 27 de março de 2017 13h03min

O Conselho Comunitário realizou, na última quarta-feira (13), mais uma audiência pública para tratar da expansão da UFFS - Campus Realeza. O propósito da audiência foi integrar as discussões das três pré-audiências feitas anteriormente, focadas na educação, agricultura e gestão pública e desenvolvimento regional. Os relatos foram apresentados pelo professor do Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, Marcos Wiliam da Silva, pelo representante da Fetraf-Sul Diego Sigmar Kohwald, e pelo diretor da Agência de Desenvolvimento Regional, Célio Boneti.

Após apresentação, foi aberto espaço para o debate, que teve como base os seguintes questionamentos: 1) Quais são os grandes desafios da Região Sudoeste e qual é o papel da UFFS para ajudar a enfrentá-los? 2) Qual é o perfil formativo que se quer para os discentes da UFFS? 3) Como integrar a expansão de cursos às áreas já ofertadas no Campus Realeza? 4) Quais cursos podem dar materialidade a essas questões?

Os debates destacaram a riqueza social e cultural do Sudoeste, marcados por uma grande densidade de entidades, organizações e movimentos, e apontaram os grandes desafios regionais. Reconheceram que o Sudoeste precisa se conhecer melhor, principalmente como os diferentes setores regionais se articulam entre si. Também destacaram a necessidade de planejar a expansão das universidades na Região, em diálogo com as outras instituições.

Segundo depoimento do professor do INFOCOS, Armando Henn, os representantes das entidades não querem apenas discutir novos cursos, mas a problemática regional, pois não é um curso que resolverá a problemática. A agricultura familiar, por exemplo, não é uma disciplina, mas uma atividade complexa e multidisciplinar. Assim, a compreensão do “produtivo” precisa ser ampliada, para compreendê-lo socialmente e politicamente, e concebê-lo como modo de viver.

Quanto à expansão de cursos e das ações do Campus Realeza, tendo por base as questões que orientaram a audiência, foram levantados alguns critérios para fundamentar a definição de cursos a serem implantados, destacando-se: a) qualificar os arranjos produtivos regionais como modo de vida; b) qualificar a educação básica; c) formar para atuação em espaços públicos; d) qualificar a formação humana e cidadã para uma leitura crítica de mundo. Também foi enfatizado que a expansão da atuação da universidade não se limita à graduação, mas também à pesquisa, à extensão e à oferta de cursos de pós-graduação e de curta duração.

Quanto aos cursos, foram reforçados indicativos das audiências anteriores, com ênfase às graduações em Ciências Sociais, Pedagogia, Administração Pública e apresentados argumentos em defesa da Matemática e da Engenharia de Alimentos. Além disso, foram apresentados argumentos em favor de outras áreas do conhecimento em defesa das licenciaturas nas diferentes áreas do conhecimento. Também foi reconhecida a necessidade de construir um cronograma de implantação de cursos, tomando por base as prioridades que comporão o projeto de expansão do Campus e defendida a continuidade dos debates no âmbito institucional e em sua relação com a Região. 

Uma comissão do Conselho Comunitário fará a sistematização dos trabalhos, para integrar os debates e indicações feitas, que serão homologados em sua próxima reunião, no dia 28 de novembro.

Participaram do evento Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná, Sebrae, representantes parlamentares, Seab, Cresol/Infocos, Fetraf, Acamsop13, Câmara de Vereadores de Realeza, Secretaria de Agricultura de Pranchita, Assema, Emater, Sindicatos, Prefeitura de Pranchita, diretores de colégios e UFFS – Campus Realeza.