Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde ocorre no Campus Passo Fundo
O objetivo é promover a qualificação da prática educativa de profissionais e lideranças comunitárias que atuam com a Atenção Básica do SUS

Publicado em: 12 de junho de 2017 15h06min / Atualizado em: 13 de junho de 2017 10h06min

Ocorre no Campus Passo Fundo o Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde (EdPOPSUS). Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz, com a promoção da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul – SES/RS e da Escola de Saúde Pública ESP/RS, além da Coordenação Geral de Apoio à Educação Popular e à Mobilização Social do Departamento de Apoio à Gestão Participativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde(DAGEP/SGEP/MS).

Em Passo Fundo, o curso tem o apoio da UFFS, UPF, Gestão Estadual da 6ª CRS e das gestões municipais de Saúde de Passo Fundo e Marau.

Foto geral da turma

A proposta do curso

Direcionado à formação de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de vigilância em saúde (AVS), o curso busca refletir criticamente sobre seu próprio trabalho em saúde a partir de princípios, lógicas e ferramentas da Educação Popular em Saúde.

O curso busca favorecer a atuação dos trabalhadores nos processos de conquista de direitos à saúde da população e no fortalecimento da participação social  e ocorrerá inicialmente em 13 estados brasileiros: Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

Foto de um grupo discutindo as ações

O objetivo é o de contribuir com a implantação da PNEPS-SUS, promovendo a qualificação da prática educativa de profissionais e lideranças comunitárias que atuam em territórios com cobertura da Atenção Básica do SUS.

Participam desta etapa 35 pessoas das cidades de Passo Fundo, Marau, Maximiliano de Almeida, André da Rocha, Espumoso, Tupanci do Sul, Nova Boa Vista e Carazinho. Serão 17 encontros semanais de 8 horas cada, intercalados com trabalhos de campo no território abordando os seguintes eixos:

Eixo I: A construção da gestão participativa como fio condutor do processo educativo;
Eixo II: A educação popular no processo de trabalho em saúde;
Eixo III: O direito à saúde e a promoção da equidade;
Eixo IV: Território, lugar de história e memória;
Eixo V: Participação social e participação popular no processo de democratização do Estado;
Eixo VI: O território, o processo saúde-doença e as práticas de cuidado.


Educação Popular

A educação popular em saúde se inspira na obra e nas ações de Paulo Freire e outras figuras marcantes da pedagogia crítica.

Essas figuras históricas sintetizaram um conjunto variado de experiências, projetos e processos que aconteciam na América Latina e, por extensão, nos países em desenvolvimento.

Na prática, a educação popular se expressa pelo jeito dialógico, de partir do saber e da vida dos participantes, de questionar as distâncias e hierarquias, e pela construção de uma cidadania crítica que busca a transformação do mundo para que seja menos injusto, menos desigual, menos gerador de sofrimento.

Valoriza as sabedorias populares, as expressões culturais locais, a participação popular e as ações coletivas.