Representatividade da comunidade regional marca início do plano de expansão do Campus Erechim

Publicado em: 16 de junho de 2014 13h06min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 07h01min

Representantes das comunidades acadêmica e regional estiveram reunidos, nos dias 13 e 14, para debater o futuro da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim nos próximos dez anos (2015-2025), durante o Seminário 1 do seu Plano de Desenvolvimento.

 Nos dois dias de atividades, foram realizados debates, painéis e trabalhos de grupo com o objetivo de garantir a ampla participação de toda região na definição da política de expansão do Campus, como destacou o diretor da UFFS – Campus Erechim, Ilton Benoni da Silva. “Temos uma história de envolvimento das comunidades acadêmica e regional, das entidades e das lideranças políticas na criação e implantação da UFFS e não poderia ser diferente neste momento de consolidação e expansão institucional, em que as necessidades e as possibilidades se apresentam. Não podemos desistir desse método colaborativo de produção da Universidade, porque a UFFS não é somente da comunidade acadêmica, ela é de toda a comunidade, que soma forças para demandar e definir os rumos desta Instituição”, ressaltou.

O Seminário 1 foi a primeira de uma série de atividades previstas até o mês de setembro, quando será finalizada a proposta de expansão do Campus no que diz respeito a áreas, cursos, programas, políticas de acesso e permanência, além de políticas complementares, mas que são essenciais para o desenvolvimento do campus, como transporte urbano coletivo, transporte intermunicipal, infraestrutura regional, entre outros.

Segundo o reitor da UFFS, Jaime Giolo, embora, nos últimos anos, instituições de ensino superior e técnico tenham sido instaladas por todo o Brasil, ainda há alguns vazios, mesmo onde as universidades estão instaladas. “Por isso é preciso adensar as instituições com novas oportunidades. Estamos fechando, na UFFS, um primeiro ciclo de implantação das condições básicas de funcionamento, que se encerra no primeiro semestre de 2015, e assim a Universidade já pode, já quer e já sente a necessidade de ampliação”, afirma Giolo.

O reitor também apontou o momento nacional como favorável para se pensar o planejamento institucional. “O Plano Nacional de Educação, aprovado no Congresso e, pelas informações que eu tenho, já encaminhado para sanção presidencial, estabelece um conjunto de metas e uma delas é um investimento forte em educação, na razão de 10% do PIB. Daí a importância do desenvolvimento de uma metodologia e um cronograma para elaboração de um plano de expansão, que tenha respaldo das comunidades acadêmica e regional e que possa ser negociado junto ao Ministério da Educação”, salientou.

Para o militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Rafael Motter, o debate coletivo do plano de expansão da UFFS é fundamental. “Nós temos a consciência de que o mais difícil não foi a conquista e implantação de uma universidade federal na nossa região, mas sim fazer com que essa universidade cresça e atenda às demandas desta região e de suas organizações populares”, aponta Motter.

“Os debates foram muito qualificados, contaram com ampla e representativa participação da comunidade regional. Como saldo das reflexões, ficou claro que a comunidade está interessada na UFFS e que o momento propicia e exige um plano dialogado, pactuado e respaldado em estudos sobre as condições e necessidades da Educação Superior na região e do que será a UFFS nesse cenário”, avaliou Benoni.

Já estão programados mais dois seminários: um em julho, para debater a política de expansão das Instituições Federais de Ensino Superior, e outro em agosto, para apresentação e debate dos dados levantados pelos grupos de trabalho.

O debate contou com a presença e colaboração de representantes dos movimentos sociais, sindicatos e cooperativas, secretários municipais, vereadores, além de estudantes, docentes e técnicos administrativos da UFFS. Também estiveram presentes no evento o prefeito de Erechim, Paulo Polis, o deputado estadual Altemir Tortelli e o presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (AMAU) Adilson de Valle.