Equipes se mobilizam pela redução de lixo e produção de composto orgânico
Toda a comunidade acadêmica pode contribuir com a ação

Publicado em: 02 de abril de 2024 11h04min / Atualizado em: 09 de abril de 2024 13h04min

Árvores crescendo mais saudáveis no Campus e separação mais adequada do lixo. Qual a relação entre essas duas coisas?

Uma iniciativa recente mostra que esses dois pontos têm tudo a ver. É a composteira, que utiliza restos de alimentos para a produção de um fertilizante líquido – um composto orgânico que melhora características do solo, liberando nutrientes para as plantas.

Semanalmente serão depositados na composteira, cerca de 750kg de restos de alimento, nas segundas, quartas e sextas-feiras. São colocadas camadas de terra, restos de alimento e materiais orgânicos, palha e grama. O material é revolvido e molhado (sem encharcar), e o resultado é o fertilizante líquido, que será utilizado em mudas de árvores do Campus.

A ação foi uma iniciativa e é gerida pela Assessoria de Infraestrutura e Gestão Ambiental do Campus Chapecó (ASSINFR-CH), ligada à Coordenação Administrativa, em consórcio com o RU (fornecedor de parte dos resíduos da produção de refeições). A rotina dos trabalhos é feita pelos terceirizados que atuam na jardinagem do Campus.

Porém, o servidor da ASSINFR Marcelo Crizel, comenta que é preciso a participação de toda a comunidade acadêmica na separação adequada do lixo. “Estamos orientando presencialmente os usuários do Campus com visitas em salas de aula, uma a uma, e orientamos também em reuniões setoriais do campus. Para além disso, utilizamos alguns cartazes em pontos críticos de geração de resíduos (cantina e copas, por exemplo)”, ressalta ele.

Na composteira pode ser depositado todo tipo de material orgânico que seja facilmente degradado (em 30 a 90 dias), como, por exemplo, folhas de salada, arroz, feijão, legumes, grama, resíduos de poda e roçada, cascas de frutas, restos de pão, massas, polenta. A sustentabilidade também está na estrutura da composteira: ela é proveniente, conforme Marcelo, de restos de materiais de outras obras feitas no Campus.

Segundo Marcelo, a iniciativa atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos, buscando sempre a sustentabilidade nas ações. “A ideia foi reduzir a quantidade de resíduos que é gerado no RU, da sobra de ingesta humana e da produção de alimentos lá, e também do que é gerado nos blocos aqui do Campus durante as atividades administrativas e acadêmicas. A gente busca reduzir a geração de resíduos orgânicos que a prefeitura coleta, que acaba indo para o aterro e não têm uso nenhum, transformando isso em um produto orgânico que a gente pode utilizar como adubo e como fertilizante nas plantas aqui no Campus. A gente também deixa de adquirir adubo químico para estar fertilizando as plantas aqui na instituição”.

A conscientização ambiental da comunidade acadêmica é um tema recorrente e antigo na Assessoria de Infraestrutura e Gestão Ambiental da UFFS – Campus Chapecó. Diversas campanhas realizadas pelos servidores vêm enfatizando, há anos, a separação de resíduos orgânicos e recicláveis. Agora, com a compostagem, a separação é ainda mais importante. “Nos orgânicos as pessoas devem colocar todo o material que pode ser compostado, por exemplo, que é o caso que a gente está trabalhando hoje, e o material que é rejeito, ou seja, que não tem possibilidade de reciclar. Então, faça essa separação que ajudará o meio ambiente e o nosso trabalho aqui na instituição”, reforça Marcelo.

Gelson Jose da Silva, que atua nos serviços gerais do Campus, conta que já tinha visto como era o manejo de uma composteira, mas ainda não tinha atuado com uma. “Com certeza vai dar um ‘up’ nas plantas para que elas possam se desenvolver melhor. E isso também pode gerar – e é o que esperamos – uma conscientização maior e maior cuidado com o lixo”, destaca ele.