Palestras com o tema “TRANSformando a Educação” ocorreram no Campus Cerro Largo
CCR Temas Contemporâneos e Educação debateu sobre identidades sexuais

Publicado em: 08 de agosto de 2022 15h08min / Atualizado em: 09 de agosto de 2022 11h08min

No dia 27 de julho, no auditório do Bloco A do Campus Cerro Largo, em atividade do componente curricular Temas Contemporâneos e Educação, vinculado ao curso de Ciências Biológicas, e com apoio da Assessoria de Assuntos Estudantis, ocorreram palestras e debates, com o tema “TRANSformando a Educação”.

O momento contou com as falas de duas convidadas, que atuam na área de Direitos Humanos: Glória Crystal foi a primeira secretária adjunta dos Direitos Humanos em nível nacional, atua na coordenação do cabide solidário e no acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social no Sine Municipal de Porto Alegre e Lucimary Leiria Fraga é mestranda em Desenvolvimento e Políticas Públicas - UFFS e doutoranda em Direitos Humanos - UNIJUÍ. A mediação ficou a cargo da professora Neusete Machado Rigo (UFFS), ministrante do CCR.

Na ocasião, foi promovida uma tarde de debates sobre a temática “Identidades Sexuais”, a fim de atender aos objetivos do CCR em relação à formação de professores e a constituição de currículos escolares atravessados por questões culturais. O foco da discussão esteve voltado para a transexualidade e contou com a participação de estudantes de diversos cursos do Campus. Glória relatou sobre a luta das pessoas LGBTQIA+ na busca de reconhecimento e respeito na sociedade, além dos desafios dessa população em relação a sua inclusão no trabalho. Lucymari trouxe elementos das suas pesquisas realizadas na academia sobre o universo trans, protagonizando vozes de pessoas que vivem esse contexto.

Para a professora Neusete, “foi um momento muito importante para conhecermos sobre o movimento LGBTQIA+, a realidade e a luta das pessoas que vivem esse outro modo de vida, e que, com frequência, sofrem o preconceito, a discriminação e a violência. A escola e a Universidade precisam ampliar suas perspectivas inclusivas e, por isso, não podem desconsiderar, em seus currículos, aspectos sociais e culturais que estão imbricados na formação humana e que integram uma formação social, política e cultural”.

“Foi muito gratificante colocar em prática a ideia de trazer assuntos como esse para a UFFS. Não havia presenciado muitos movimentos na universidade que abordassem o movimento LGBTQIAP+, no entanto, recebi total apoio quando dialoguei com o SAE e a professora Neusete sobre a possibilidade de promover mais atividades como essa na Universidade.  E foi daí que surgiu a ideia de, junto com o CCR, trazer mais visibilidade, atividades, palestras e discussões sobre o tema como uma forma de acolher não somente as pessoas que se identificam com o movimento, mas também todos que queiram de forma sincera construir conhecimentos e compreender a luta da comunidade LGBTQIAP+ e como se pode colaborar para construir um ambiente mais acolhedor”, afirmou  Isabela Alves dos Santos, estudante do CCR.

"Este encontro que promovemos foi muito importante e significativo. A ideia foi trazer mais visibilidade para comunidade LGBTQIA+, da qual faço parte com muito orgulho. É importante reforçar que pessoas como eu e tantas outras que fazem parte dessa comunidade devem ser representadas e ocupar espaços de protagonismo em âmbito acadêmico, trazendo informações e também conscientizando que, independente do gênero, todos nós fazemos parte de um único coletivo, com o princípio de respeitar o outro, independentemente de sua cor, orientação, identidade, sexualidade e afins. O tema "TRANSformando a Educação" foi escolhido com muito carinho, abordando a luta das mulheres trans e a importância desse tema ser abordado em âmbito escolar com respeito e combatendo a desinformação. Estou muito feliz por participar do primeiro encontro referente a visibilidade da comunidade LGBTQIA+ na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Cerro Largo, pois só buscamos respeito para que possamos amar com liberdade e mostrar a nossa felicidade, desenvolver nossas capacidades de forma justa, independente do gênero” finaliza o estudante Rafael Franco Pires.