Acessibilidade no ensino superior é tema de debate no Campus Realeza
Para debater o tema, foram convidados a coordenadora do Programa de Educação Especial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Vera Lúcia Ruiz Rodrigues da Silva, e o coordenador administrativo do Centro de Reabilitação Física da Unioeste, Dorisvaldo Rodrigues da Silva.

Publicado em: 03 de dezembro de 2014 15h12min / Atualizado em: 06 de março de 2017 17h03min

Os desafios da acessibilidade no ensino superior foi tema de debate promovido na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza. O evento, organizado pelo Setor de Acessibilidade, foi realizado na tarde desta terça-feira (02) e contou com a presença de docentes e técnicos-administrativos em educação.

Para debater o tema, foram convidados a coordenadora do Programa de Educação Especial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Vera Lúcia Ruiz Rodrigues da Silva, e o coordenador administrativo do Centro de Reabilitação Física da Unioeste, Dorisvaldo Rodrigues da Silva. Ambos falaram sobre as experiências de acessibilidade implantadas na Unioeste, as dificuldades em executar alguns desses projetos e as superações ao longo de aproximadamente 15 anos de trabalho.

Segundo a pedagoga responsável pelo Setor de Acessibilidade do Campus Realeza, Andreia Florêncio Eduardo, o importante é fomentar o debate e acumular experiências. “Apesar do Campus Realeza ainda não ter acadêmicos com algum tipo de deficiência, é importante trazer profissionais que já tenham uma caminhada para aprimorarmos nosso trabalho e aprendermos mais com essa experiência”, comentou.

O Programa de Educação Especial da Unioeste iniciou o atendimento a acadêmicos em 1997, primeiramente, atendendo estudantes cegos ou com visão reduzida. Em 2002, houve a entrada de estudantes surdos. Nos últimos dois anos iniciaram os atendimentos a acadêmicos com paralisia cerebral grave, dislexia e outras características.

De acordo com Vera Lúcia, quando a universidade se antecede ao ingresso de algum estudante com uma necessidade específica isso facilita a vida acadêmica. “Falando da pessoa cega ou com baixa visão, quando este estudante entra no ensino superior e encontra seu texto adaptado, ele não terá atrasos, poderá fazer as provas, os trabalhos e participar das discussões em sala de aula. Por outro lado, caso o estudante não encontre esse cenário, ele terá que iniciar uma sensibilização na universidade para começar a ter esse atendimento. Certamente, ele irá perder cerca de três meses de conteúdos”, explicou.

O Núcleo de Acessibilidade da UFFS foi instituído em novembro de 2012. Já os membros dos setores de acessibilidade dos campi foram designados em junho de 2013. Os setores de acessibilidade são formados por servidores da área de Pedagogia e por intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Também colaboram docentes que desenvolvem pesquisas na área.