No Campus Erechim, delegadas debatem sobre violência contra a mulher
Diana Zanatta e Raquel Kolberg palestraram sobre a temática na noite da segunda-feira (17)

Publicado em: 18 de abril de 2017 10h04min / Atualizado em: 18 de abril de 2017 13h04min

O Auditório do Bloco A da UFFS – Campus Erechim ficou lotado nesta segunda-feira (17), à noite, para a palestra “Violência contra a mulher em Erechim e região”. Ministrada pelas delegadas Diana Zanatta e Raquel Kolberg, o evento abordou as causas e consequências dos crimes de feminicídio no Alto Uruguai, além do que está sendo feito para combatê-los.

De acordo com Diana, porém, os números de feminicídio ainda são pouco expressivos se comparados aos casos de violência contra a mulher em outras formas, como lesão corporal, crimes de ameaça, crimes contra a honra e injúria. “Feminicídios não são tantos. Isso demonstra a importância do trabalho de conscientizar a população, de não admitir que primeiro ocorra para depois haver uma atuação mais concreta”, disse a delegada.

“Acredito que hoje a população, principalmente as mulheres, está bem informada sobre seus direitos”, falou a titular da 11ª Delegacia Regional de Polícia do Interior (DRPI). Diana atuou por nove anos na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Erechim, lugar ocupado hoje pela colega Raquel.

“A Lei Maria da Penha é de 2006. No início, quando comecei a palestrar em comunidades, as pessoas nem sabiam o que era, as mulheres não sabiam das medidas protetivas, não sabiam quem tinha sido a Maria da Penha. Hoje já nem preciso mais trazer esse tipo de informação”, falou Diana na UFFS.

Segundo a delegada, o trabalho da Delegacia da Mulher é voltado não só para a repressão aos crimes contra a mulher, mas também à prevenção. “Isto é feito há muito tempo em instituições de ensino, empresas, comunidades, municípios pequenos, no Poder Público junto a prefeituras, enfim. Trata-se de uma série de eventos que vão ao encontro do objetivo da Delegacia da Mulher, que é exatamente fazer esse trabalho de prevenção com as pessoas”, destacou Diana. “Palestrar em universidades é uma das melhores formas de atingir a comunidade, pois conversamos aqui com pessoas que serão formadoras de opinião, que serão as cabeças pensantes”, finalizou.