Uma das integrantes do grupo, é a acadêmica do curso de Letras – Português e Espanhol, Andressa Schneider, que participa do projeto há dois anos. A estudante reflete como as artes cênicas podem ser aliadas no processo de transformação individual e coletivo. “O teatro é algo que engrandece muito o senso crítico e cultural, pois a partir desse aspecto lúdico o público pode experimentar uma situação hipotética e aprender com aquilo. O teatro faz a gente refletir sobre a realidade e a forma como se lida com as pessoas, tanto dentro do grupo, como quanto com o público”, comentou.
Outra característica marcante do projeto cultural é o bilinguismo, já que a cada ano o grupo produz duas peças: uma em língua portuguesa (“As vontades de Raquel”) e outra em língua espanhola (“Composición de lugar”). Os encontros de formação do grupo tem metodologia híbrida, com atividades presenciais e virtuais. “O processo teatral exige criação, estudo e muita pesquisa para a adaptação de textos e das obras, além de estudos para a composição cênica, aspectos semióticos, expressão corporal e de trabalho com a voz. Neste caso, o aprendizado em língua espanhola é feito de forma orgânica e imersiva, pois para que os participantes atuem em língua espanhola eles devem estudar a partir de textos, vídeos e áudios em língua espanhola”, enfatizou Ana Carolina.
A peça deste ano em língua espanhola é “Composición de lugar”, uma colagem a partir da obra homônima da escritora uruguaia Amanda Berenguer (1921 - 2010) e do trabalho teórico-artístico de Lygia Clark. A colagem é uma técnica cênica que combina elementos diversos, como textos, imagens, sons, movimentos e objetos e que em “Composición de lugar” esses elementos são usados para colocar em xeque o lugar do real e do virtual na sociedade contemporânea. Esta performance foi uma das que marcaram a trajetória da estudante Andressa: “Fiquei muito feliz quando Dermeval Saviani, um influente pedagogo e filósofo da educação brasileira, elogiou nossa performance, foi algo grandioso”, lembrou a acadêmica de Letras. A apresentação ocorreu durante o II Seminário das licenciaturas (SELICEN) na UFFS - Campus Chapecó, no dia 22 de maio.
A participação de Andressa no grupo também incentivou sua prima, Clara Pires, de 17 anos, a frequentar o Projeto Cultural Grupo de Teatro La Broma. Clara é aluna do ensino médio do Colégio Doze de Novembro de Realeza e participa do projeto há um ano. Ela conta que os ensaios e a rotina de estudos foram importantes para melhorar aspectos da oratória. “O teatro ajudou muito na minha dicção e tudo mais, porque é muito texto para decorar, falar, e a entonação de voz muda. A participação no grupo trouxe a certeza do quero para a minha vida. Me encontrei muito no teatro”, disse.
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