Professora do Amazonas e mestrando da UFFS palestram sobre feminismo
Evento foi o primeiro encontro do ano do projeto “PET em Debate”

Publicado em: 18 de abril de 2017 08h04min / Atualizado em: 18 de abril de 2017 10h04min

A UFFS – Campus Erechim recebeu, na quinta-feira (13), a professora Rita de Cássia Fraga Machado, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para a palestra “Vias emancipatórias: Feminismo e Educação Popular”. O mestrando do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFFS, Sian Alegre, também participou do debate.

Na palestra, Rita destacou a importância de se falar sobre o assunto não apenas nas instituições de ensino, mas em todos os âmbitos, inclusive no seio familiar. “Vivemos em uma sociedade patriarcal, em que o machismo se manifesta de diferentes formas. Na academia, por exemplo, está presente em todos os momentos. Um exemplo clássico é aquela divisão de ‘cursos de homem’ e ‘cursos de mulher’. Ou ainda quando as meninas precisam estudar muito para poder se destacar em uma sala de aula, enquanto os meninos não têm essa necessidade”, disse a professora.

“A importância de se discutir o feminismo está em todos os lugares. Em uma instituição de ensino mais ainda, pois é neste lugar em que se produz conhecimento. O feminismo não é só movimento social. Ele também tem uma epistemologia, e também carrega em si uma teoria do conhecimento”, complementou.

 

 

Rita abordou também algumas de suas obras recém-lançadas, como “Estudos feministas: mulher e educação popular”, que surgiu como proposta para o seu Pós-Doutoramento. “Sabemos de experiências de educação popular feitas por mulheres, mas escrita por homens. Quero investigar o motivo disto”, ressaltou.

Já o acadêmico Sian Alegre estuda em seu Mestrado o feminismo negro. “Estou buscando a produção teórica e intelectual deste movimento para entendermos um campo do conhecimento que são os estudos descoloniais, que surgem aqui na América a partir dos anos 1980 e 1990”, disse Sian, que investiga por que a produção intelectual das mulheres negras não fazem parte desses estudos.

O evento da última quinta foi o primeiro encontro do ano do projeto “PET em Debate”, do Programa de Educação Tutorial (PET)/Conexões de Saberes – Grupo Práxis. Saiba mais em petconexoesdesaberes-uffs.blogspot.com.br.