Estudante retoma estudos na UFFS – Campus Chapecó depois de período nos EUA

Publicado em: 31 de agosto de 2016 14h08min / Atualizado em: 04 de janeiro de 2017 11h01min

Depois de 14 meses nos Estados Unidos pelo Ciência Sem Fronteiras, o estudante de Ciência da Computação da UFFS – Campus Chapecó, Deividy Negri, voltou ao Brasil. Cheio de boas recordações, mas também de experiências, contatos e conhecimentos, Deividy conta sobre sua vivência como estudante estrangeiro da Universidade de Nebrasca em Kearny.

Da primeira vez que viajava de avião, Deividy foi direto para fora do país. Estudar em uma língua da qual ainda precisava aprimorar-se, já que tinha conhecimento, mas não a fluência necessária. E encontrando gente do mundo todo. Ao chegar, as diferenças foram sentidas logo nas aulas: menores, cada uma com uma hora, sendo que ele teve no máximo duas por dia, e com mais tarefas para fazer em casa, estimulando que o estudante seja mais autodidata, segundo Deividy.

O dormitório fica na própria universidade, que também tem uma praça de alimentação. Os clubes – associações de estudantes internacionais da universidade – promovem encontros, dos quais também participam norte-americanos que ajudam no aprendizado da língua com as conversações.

Ajuda, segundo Deividy, foi o que não faltou: como a cidade não conta com transporte público, voluntários de igrejas levavam os estudantes para o mercado, por exemplo. Ele também foi adotado por uma “host family”, que o acolheu e proporcionou uma convivência quase familiar em algumas datas.

Na universidade, o estudante não fez somente coisas relacionadas a sua área. Cursou uma disciplina, por exemplo, de empreendedorismo. Aprendeu estratégias de negócios e participou de uma competição de ideias. Ficou entre os dez melhores e – mesmo receoso por falar em inglês a um público – apresentou sua ideia em um evento. E foi o único estrangeiro entre os dez melhores.

Entretanto, ele enfatiza o que aprendeu no próprio curso de Ciência da Computação. “Como a maioria dos conteúdos e das linguagens de programação, por exemplo, são em inglês, tive um ganho com essa experiência”, aponta. Ele também participou de um grupo que desenvolveu a pesquisa sobre “entrada DNS para comando de controle malware”, realizada com outros estudantes brasileiros.

Deividy aproveitou a ida a Karny para viajar pelos Estados Unidos. Conheceu, entre outros, Denver, Utah, Las Vegas, San Diego, Los Angeles e Nova Iorque. Além disso, ele enfatiza as habilidades sociais, aprendendo sobre outras culturas e maneiras de viver. Para além das amizades, criou o chamado network: “hoje tenho contatos em todo o mundo”, finalizou.