Cerro Largo: projeto de Extensão pretende aplicar software em alunos com dificuldades de leitura
O projeto será desenvolvido em parceria entre o curso de Letras da UFFS e a Secretaria Municipal de Educação de Cerro Largo

Publicado em: 30 de agosto de 2017 15h08min / Atualizado em: 30 de agosto de 2017 16h08min

 

 

No mês de agosto, o curso de Letras da UFFS – Campus Cerro Largo e a Secretaria Municipal de Educação firmaram parceria para desenvolver um projeto de Extensão que visa auxiliar os alunos com necessidades especiais de aprendizagem de leitura. Segundo a professora e uma das coordenadoras do projeto Jeize de Fátima Batista, o projeto consiste na aplicação de um software que foi desenvolvido por ela e uma equipe de profissionais da área da Ciência da Computação da empresa Affecty Systems, na cidade de Santo Ângelo.

O software apresenta atividades e jogos educativos multimídias, próprios para crianças e jovens com dificuldades de leitura. “Ele é um aplicativo com atividades que promovem estímulos para aumentar a consciência fonêmica dos alunos, ativando os mecanismos neuronais a partir de tarefas que conduzem à memória visual, à sensibilidade às rimas, à segmentação em fonemas e à recombinação dos sons da fala. Assim o software passa a ser um tratamento de intervenção às necessidades específicas da dislexia”, explica Jeize.

Ela acrescenta que o aplicativo pretende “apresentar alternativas que venham a estimular a autonomia das crianças, promovendo maior confiabilidade, motivação, levando-as a refletir sobre o 'lugar' das letras nas palavras, auxiliando na pronúncia por meio da combinação simultânea de estimulação visual e auditiva das palavras, permitindo uma reflexão que leve os educadores ao encontro de soluções que tragam novas perspectivas ao ensino inclusivo”, afirma.
As crianças serão acompanhadas no período de um ano, uma vez por semana, no horário do Atendimento Educacional Especializado. Nesse período, os alunos desenvolverão as atividades com auxílio de Jeize, da também professora do curso de Letras Ana Cecília Teixeira Gonçalves e das alunas voluntárias no projeto Cláudia Espíndola e Mônica Vorpagel.

Após esse período, as crianças serão submetidas a novos testes para verificar se houve melhoras ou não no processo de leitura, principalmente quanto às dificuldades arroladas no início da pesquisa. “Cabe destacar que não são apenas joguinhos, mas atividades que oferecem desafios gradativos, de acordo com a taxa de sucesso do aluno e, além disso, produzem feedback para o educador. Assim, espera-se que, após o uso do software, as crianças possam demonstrar níveis de melhoras significativas no que diz respeito ao processo de leitura”, finaliza Jeize.