Florianópolis – Uma equipe focada no trabalho decidido e firme na construção de uma instituição voltada para o desenvolvimento das populações locais foi a mensagem do vice-reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Jaime Giolo, no exercício da Reitoria, ao dar as boas-vindas aos técnico-administrativos da UFFS, que tomaram posse na tarde de quinta-feira, 28 de janeiro, em cerimônia conjunta com servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Giolo aproveitou para fazer um agradecimento especial à Universidade Federal de Santa Catarina, que é tutora da UFFS, pela importância na gestação desse processo de implantação. O reitor, Dilvo Ristoff, não esteve na solenidade, que aconteceu no auditório da Reitoria da UFSC, porque participava, em Brasília, do debate sobre o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), promovido pela Secretaria de Educação Superior (SESu). O reitor também tratou da contratação dos demais servidores da universidade.

Os técnico-administrativos são os primeiros servidores da UFFS e foram recepcionados por Giolo, pelo pró-reitor de Administração, Paulo Roberto Pinto da Luz, pelo chefe de gabinete do reitor, Antônio Carlos de Souza, pelo secretário de Tecnologia e Informação, Rogério Cid Bastos, e pela coordenadora do gabinete do reitor, Clotilde Ceccato. Pela UFSC participaram o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio Amante, o pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social, Luiz Henrique Vieira Silva, e a diretora do Departamento de Desenvolvimento e Potencialização de Pessoas, Elza Maria Meinert.

Os servidores assinaram o Termo de Posse, no qual se comprometeram a cumprir fielmente com os deveres e com o código de ética profissional do servidor público federal. Todos receberam do vice-reitor o Manual do Servidor da UFFS, com informações sobre a universidade e os princípios que nortearam a sua criação, direitos e deveres e plano de carreira dos funcionários. E a partir desse ato, assumem seus postos

A contratação desses técnico-administrativos da UFFS, instalada em regiões até então distantes do ensino superior público e gratuito, não é apenas começar em um novo emprego. Para eles, atuar nos cinco campi – Chapecó, Cerro Largo, Erechim, Laranjeiras do Sul e Realeza – representa participar de um projeto inovador, das mudanças profissionais e do primeiro emprego, do desenvolvimento das cidades e do sonho de crescer com a instituição.

O primeiro a assinar o Termo de Posse, Tiago Antunes da Silva, que ocupará o cargo de administrador no campus de Chapecó, acredita que o maior desafio será a organização administrativa e a elaboração do planejamento estratégico para que tudo funcione com eficiência. “Temos que buscar a excelência do serviço oferecido pela instituição para superar as expectativas dos alunos e da comunidade.” Silva é de Chapecó e já atuava em uma empresa pública, mas preferiu trocar de área porque acredita que a universidade, além de ser uma proposta diferenciada, oferece melhor oportunidade profissional.

Silva terá como colega Henrique Dagostini, formado no curso em Administração pela Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), no último dia 6 de janeiro. Dagostini considera que sua experiência no cargo de assistente de Administração no Departamento de Recursos Humanos de UTFPR, que desempenhou durante três anos, vai contribuir em sua nova função na UFFS. Ele disse que escolheu o campus no Oeste de Santa Catarina por ficar perto de Maravilha, onde moram seus pais. Afirma que conhece as necessidades do povo da região e “por isso estou muito feliz em saber que o sonho de uma universidade gratuita e de qualidade está virando realidade.”

Outro administrador, do campus de Cerro Largo, Fernando Gazzoni, pensa que será uma atividade instigante por ser algo que está começando e, além disso, considera que será algo complexo e haverá a necessidade de se criar a cultura do planejamento para o desenvolvimento da instituição.

Depois de quase 30 anos no ensino fundamental e médio, exercendo todos os cargos em escolas públicas, a professora Sueli Maria Florczak Almeida disse, após tomar posse no cargo de pedagoga no campus de Cerro Largo, que é como se estivesse começando na vida profissional. “A expectativa é enorme, porque é algo diferente, desafiador e para mim é muito bom. Estou ansiosa para que tudo comece a acontecer,” afirmou.

“Nós duas vamos iniciar, eu a universidade”, diz a professora de Educação Física Deisi Maria Link, que será técnica em Assuntos Educacionais em Cerro largo. Ela já tratou da mudança de Santa Maria (RS) para a nova casa. Contou que era seu objetivo ingressar na universidade porque após fazer o mestrado em Ciência do Movimento Humano e de 10 anos como professora, acredita que precisava desse incentivo. Além da vida profissional, quer estudar dentro da própria instituição e até desenvolver projetos de extensão, prática que fez durante a pós-graduação, na Universidade Federal de Santa Maria.

O também professor de Educação Física Diego Palmeiras Rodrigues, técnico em Assuntos Educacionais no campus de Chapecó, acredita que a comunidade acadêmica estará fazendo história, não só da instituição, mas das populações e das cidades onde está inserida. “Como disse o vice-reitor, que falou em fazer história, porque as cidades mudam, se desenvolvem, incorporam o conhecimento. E nós temos a missão de fazer esse projeto funcionar”, destaca.

Ingressar como servidor na UFFS é também a primeira oportunidade de trabalhar na área para a qual um dia se formou em uma universidade. Desde 2004, quando se graduou como secretário-executivo, Fábio Canapini, de Campo Mourão, tentava conquistar um trabalho na área. Agora vai começar no campus de Laranjeiras do Sul. “Vou aprender muito. Tenho certeza que será uma grande experiência,” acredita.

O pedagogo Silvani da Silva, empossado para trabalhar no campus de Realeza, estava com tanta ansiedade que após o anúncio de sua nomeação tratou de fazer a mudança da família, mulher e dois filhos, de Cascavel (PR) para Realeza. Já instalado na cidade, agora disse que sabe que terá muito trabalho e que espera desenvolver uma boa parceria com os demais técnico-administrativos, com professores e alunos.

A experiência de nove anos e o conhecimento adquirido serão a contribuição de Bernardete Ross Chini como bibliotecária documentalista no campus de Chapecó. Ela que mora em Florianópolis há 15 anos e trabalhava numa editora, disse que pretende ajudar na implantação das bibliotecas com facilidades de acesso ao usuário. Ela defende que o importante é que as bibliotecas possam contar com uma série de recursos, especialmente com o uso da tecnologia para levar o conhecimento a alunos, professores e funcionários.

O colega de Bernardete, Cristiano Carvalho, morador de Nova Bassano (RS) e que exercerá a função no campus de Erechim, defende que o empenho deve ser no sentido de promover a educação pública de qualidade e que todas as ferramentas disponíveis devem ser colocadas à disposição de alunos e professores, facilitando o seu uso.