Experimentos avaliam cultivo e pós-colheita de girassol de corte cultivado em sistema de produção orgânico
Pesquisas desenvolvidas no Campus Laranjeiras do Sul integram o projeto nacional “Flores para Todos”.

Publicado em: 31 de maio de 2022 09h05min / Atualizado em: 01 de junho de 2022 10h06min

Entre os meses de janeiro e abril, foram desenvolvidas, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Laranjeiras do Sul, duas pesquisas que abordaram o cultivo e pós-colheita da produção de girassol de corte, cultivar Vicent’s Choice.

Os experimentos fazem parte do projeto "Mais Flor Por Favor", coordenado pela professora Cláudia Lima, e esse projeto, por sua vez, integra o projeto nacional "Flores para Todos" (PhenoGlad), coordenado pelos professores Nereu Augusto Streck e Lilian Osmari Uhlmann, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Conforme a professora Cláudia Lima, o projeto visa divulgar a floricultura como alternativa de renda e de diversificação de culturas para agricultores familiares.

O projeto Mais Flor Por Favor é organizado em várias etapas. Em 2020, foi realizado o experimento com gladíolos (Palma de Santa Rita) e, em 2022, foram iniciados os experimentos com girassol de corte, utilizado para ornamentação, sendo um de cultivo e um de pós-colheita e outro, que ainda será executado, avaliará os custos de produção.

Os experimentos serão utilizados para o desenvolvimento de trabalhos de conclusão de curso (TCCs) de três estudantes de Agronomia.

O experimento sobre o cultivo, intitulado “Desponte em girassol de corte produzido em sistema orgânico de produção”, buscou verificar a influência do desponte (poda) no girassol de corte, cultivado em três densidades de plantio. O experimento, desenvolvido pela acadêmica Cintia Izabela Vienc Hilatchuk, foi realizado no setor de Horticultura da área experimental da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul.

Como material vegetal, foram utilizadas sementes de girassol da cultivar Vincent´s Choice. As mudas foram produzidas na UFFS e transplantadas para os canteiros de cultivo (aproximadamente 1000 plantas). Todas as adubações e tratamentos fitossanitários foram realizados de acordo com a legislação de orgânicos vigente.

Para o estudo, foi utilizado o delineamento em blocos completamente casualizados, com três técnicas: sem desponte, com desponte e permanência de duas hastes florais, com desponte e permanência de quatro hastes. Foram realizadas as seguintes avaliações: fenologia, altura de plantas, número de folhas, área foliar, clorofila, tortuosidade em hastes, comprimento da haste, diâmetro da haste e diâmetro do capítulo. A pesquisa identificou que a técnica de desponte proporcionou hastes laterais, contudo não no tamanho comercial. 

Já a acadêmica Fátima Drabeski, desenvolveu o experimento sobre a pós-colheita com objetivo de verificar a influência das soluções de sacarose na conservação pós-colheita de hastes de girassol de corte. O estudo foi realizado no laboratório de Horticultura e como material vegetal foram utilizadas as hastes de girassol produzidas a partir do experimento realizado por sua colega Cintia. 

Para o estudo, foi utilizado o delineamento bifatorial completamente casualizado. As hastes florais foram colocadas em duas soluções conservantes, com sacarose (açúcar) e sem sacarose e armazenadas durante cinco períodos (0,3,6,9 e 12 dias), em temperatura ambiente (20ºC ±2). 

Foram realizadas as seguintes avaliações: diâmetro do caule e do capítulo, escurecimento do caule, secamento das pétalas, escurecimento e queda de pétalas, diâmetro da base, longevidade, absorção de solução, deslocamento do pescoço (bent neck) e coloração das pétalas e inflorescência. Como resultado do experimento observou-se que a presença de açúcar manteve a conservação das hastes.

A acadêmica Yanara dos Santos Ribeiro trabalhará, em seu TCC, com a verificação dos custos do cultivo do girassol de corte. Para isso, irá utilizar as informações dos custos para implantação do experimento de campo, envolvendo sementes, produção das mudas, preparação dos canteiros, adubações e tratamentos fitossanitários, entre outros. 


Projeto Mais Flor Por Favor
É coordenado pelas professoras Cláudia Lima e Josimeire Leandrini e pelo engenheiro agrônomo Edemar Baranek, técnico administrativo em educação. Colaboram nas atividades estudantes vinculados ao Grupo de estudos em  Horticultura, Grupo PET. 

 

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