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Experiência no Projeto Rondon qualifica Extensão na UFFS

Equipe atuou nas áreas de Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção de Trabalho

Diretoria de Comunicação Social — 12 de Agosto de 2025 — Atualizado em 12/08/2025

Experiência no Projeto Rondon qualifica Extensão na UFFS

Ações da equipe da UFFS foram realizadas no município de Anamã, na Região Amazônica

A Universidade Federal da Fronteira Sul participou no final do mês de julho da Operação Amazonas, como parte do Projeto Rondon 2025. As atividades ocorreram m 12 municípios do estado do Amazonas. Participaram diretamente na Operação oito estudantes, sendo seis dos cursos de graduação e dois de programas de pós-graduação, além de dois professores da UFFS. Os estudantes fazem parte dos campi Cerro Largo, Chapecó, Erechim, Laranjeiras do Sul e Realeza, evidenciando o caráter multicampi da equipe. A UFFS também contou com a participação de cinco estudantes reservas, os quais contribuíram na elaboração das oficinas ofertadas durante o evento. 

A inscrição da UFFS no Projeto foi direcionada às ações do Conjunto B, que compreende as áreas de atuação Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho. Nessa linha, as oficinas sob responsabilidade da UFFS foram desenvolvidas por meio de atividades práticas executadas em cada encontro. Conforme a organização do evento, a área de atuação do Conjunto B é mais direcionada ao “amanhã” das comunidades e municípios, capacitando seus cidadãos e agentes multiplicadores a melhorar suas condições de vida. Já a área de atuação do Conjunto A (Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde) direciona as atividades ao momento presente. 

A participação da UFFS iniciou com algumas atividades de integração e formação, nas dependências do 1º Batalhão de Infantaria da Selva (BIS), com a intenção de proporcionar conhecimento sobre a Operação e desenvolver o espírito de equipe nos rondonistas. Na ocasião ocorreu um momento de disputa entre as 25 equipes: competição de cabo de guerra. A UFFS ganhou a competição, recebendo medalhas e aplausos dos presentes. 

Oficinas


Logo após, as equipes foram enviadas aos locais designados. No município de Anamã, a equipe da UFFS desenvolveu uma série de oficinas para diferentes públicos: Uso eficiente de Inteligência Artificial (IA) na elaboração de projetos; Aquicultura artesanal sustentável; Processamento de pescados; Políticas públicas e cidadania; Separação de resíduos sólidos, reciclagem e reúso de materiais; Ações de preservação do meio ambiente; Bioconstrução em comunidades carentes; Processos de gestão do sistema SUS; Elaboração de projetos sociais para captação de recursos públicos; Cooperativismo e associativismo; Construção e manutenção de filtro de água caseiro e técnicas de potabilização da água; Construção de sistemas de tratamento de esgoto residencial. Além destas, outras oficinas foram disponibilizadas atendendo solicitações recebidas da prefeitura e da comunidade local, como o uso de celulares com segurança. Outra oficina apresentou danças típicas gaúchas e catarinenses.

Para o professor Marcos Roberto dos Reis, “a equipe que participou da Operação foi incrível. Tivemos muitos momentos de aprendizado com os diferentes desafios que foram ocorrendo. O município de Anamã sempre alaga neste período de junho e julho, então tivemos que andar com botas ou de lancha no meio da cidade. Tanto é que eles se autodenominam ‘Veneza do Amazonas’. Isto tornou as ações na cidade um pouco mais complicadas, uma vez que também tinha a questão da contaminação da água, que é captada nos poços. A água que sai da torneira não é cristalina, mas tem um tom levemente marrom. De qualquer maneira, a equipe se saiu bem e puderam vivenciar as dificuldades que a comunidade passa para se manter lá. Mesmo diante de tudo isso, são um povo resiliente. Foram semanas de desafios, alegrias, vitórias, companheirismo e muito aprendizado”.  

Para Reis, a participação no Projeto Rondon é importante para a expansão e consolidação das atividades de Extensão, inclusive para fomentar ações regionais da própria UFFS. “Conhecer o Brasil como ele faz parte deste aprendizado. O Rondon é uma ação de extensão que ocorre desde 1967 e tem o apoio do Ministério da Defesa para sua realização. Tenho convicção de que cada estudante que participa leva consigo uma bagagem de experiências e vivências que transforma sua percepção da realidade. Visitamos locais carentes e temos contato com pessoas que necessitam de atenção em diversos aspectos. E os rondonistas proporcionam isso aos moradores, de um modo carinhoso e intenso, através das oficinas, que abrangem uma série de conhecimentos e técnicas que podem mudar suas vidas”, ressalta.

Vivências

O estudante do Curso de Engenharia de Aquicultura Nicolas Antonio Teixeira de Paula participou intensamente das atividades. “De fato, a experiência foi uma lição de vida e de cidadania. Experenciamos uma realidade totalmente diferente da que vivemos, imergindo na riqueza da cultura amazonense. Fomos com o intuito de dar nosso melhor pelo município de Anamã, aplicando as oficinas e transmitindo o máximo de conhecimento que nos cabia. Ao decorrer do projeto, percebemos a grandeza do que estávamos realizando. No final, não éramos mais os mesmos estudantes que haviam chegado na cidade”. 

De acordo com Nicolas, cada oficina era de responsabilidade de um ou mais estudantes, mas sempre com a equipe inteira auxiliando. “Além das oficinas que ministramos em sala de aula, também realizamos diversas atividades práticas, como construção de um sistema de aquaponia na Comunidade do Arixi, revitalização de uma horta escolar, construção de filtro de água caseiro, gincanas e atividades educativas com crianças, atividades culturais e uma biocontrução com a técnica de taipa de mão ou pau-a-pique na comunidade indígena São Jose 1º”.

“Tivemos o prazer de retornar com uma bagagem repleta de compartilhamento de saberes, histórias, ensinamentos, riqueza cultural, amor e muita gratidão pelas pessoas de Anamã. O crescimento pessoal é gigante, voltamos com uma visão diferente da vida, dando valor as pequenas coisas, carregando a alegria que recebemos lá. Por se tratar de um projeto enorme de extensão, as atividades têm muito a contribuir com a formação profissional”, ressalta Nicolas. 

"Agora, no mestrado também na UFFS, continuo com positividade para participar de outras operações do Projeto Rondon. E, quem sabe um dia, como professor coordenador”, finaliza. 

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