Programa nos Caminhos da Práxis inicia nova fase com municípios da AMAU
Atividades proporcionam formação continuada a professores da rede pública

Publicado em: 20 de fevereiro de 2018 17h02min / Atualizado em: 20 de fevereiro de 2018 17h02min

O Programa Nos Caminhos da Práxis – Formação Continuada de Professores da Educação Pública, implementada pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) iniciou nova fase, desta vez com profissionais de escolas situadas em municípios da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (AMAU).

A primeira atividade ocorreu na quinta-feira (15), no Auditório do Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Erechim, com profissionais da rede pública dos municípios de Carlos Gomes, Centenário, Gaurama e Charrua. Os participantes assistiram às palestras “A educação no Brasil hoje: perspectivas e desafios”, com a professora Isabel Rosa Gritti, e “Educação escolar: perspectiva e dimensões da prática pedagógica”, com o professor Jeronimo Sartori.

Na sexta-feira (16) a programação prosseguiu no Auditório Municipal de Entre Rios, com envolvimento de professores dos municípios de Entre Rios, São Valentim e Ponte Preta. O próximo encontro desta nova fase ocorrerá na próxima sexta-feira (23), com profissionais de Constantina, Engenho Velho, Liberato Salzano e Novo Xingu.

DEPOIMENTOS

Um dos que participaram do encontro em Erechim foi Sílvio Farias, da Escola de Ensino Médio da área indígena de Ligeiro, no município de Charrua. Ele diz que ficou sabendo da atividade pela Secretaria Municipal de Educação e desde o início manteve a expectativa de que a formação continuada na experiência da atividade diária é muito importante, pois “na reserva indígena não é fácil a transmissão dos conteúdos para os alunos, já que é ensinado o Português e o Kaingang ao mesmo tempo. Por isso esperamos que aconteça mais vezes porque precisamos muito dessa formação”.

Durante a quinta-feira também participou a professora Márcia Fabris, coordenadora da Rede Municipal de Ensino de Gaurama, para quem a formação nesta perspectiva deve ser diferenciada, construída no cotidiano das escolas, que venha das demandas das escolas e que possa atendê-las de alguma forma. Quanto à aproximação da Universidade com os profissionais dos municípios, Fabris pontua “que muitas vezes as redes municipais não conseguem, sozinhas, incrementar um processo desta dimensão porque é preciso um aporte teórico abrangente. E isso a Universidade consegue nos fornecer”.

Representando as escolas municipais Osvaldo Cruz e Carmelina Basegio, do município de Charrua, a professora Carina Copatti acredita que as atividades de formação continuada representem uma possibilidade de reflexão, de planejamento  coletivo e uma proposta que realmente parta dos professores como sujeitos efetivos do processo de ensino. Copatti diz que esperava por isso há bastante tempo, “pelo papel social que a UFFS desempenha na trajetória de construção do conhecimento com os professores da região”.