Extensão como componente curricular foi um dos assuntos abordados em evento na UFFS
Discussão fez parte da programação do SEMEA, entre os dias 18 e 19 de junho no Campus Chapecó

Publicado em: 02 de julho de 2019 15h07min / Atualizado em: 02 de julho de 2019 15h07min

Contemplar a Extensão no currículo dos cursos de Graduação foi um dos assuntos abordados durante o III Seminário Integrador de Extensão e a IV Mostra de Extensão e Cultura – SEMEA UFFS, durante os dias 18 e 19 de junho no Campus Chapecó. A mudança é uma das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) e tem como foco melhorar a vinculação dos estudantes com o Ensino Superior.

Conforme o pro-reitor de Extensão e Cultura, Emerson Neves da Silva, durante o evento reafirmou-se que é “imprescindível pensar sobre como os processos pedagógicos da educação na Graduação podem contemplar tal finalidade, constituindo fontes de apoio a partir das necessidades da realidade”. Na opinião de Neves, “diferentes fatores podem incidir na relação do acesso e permanência nos cursos, porém, quando a norma explicita a integração do Ensino com a Extensão com este fim, não é o suficiente que ocorra apenas uma alteração quanto ao formato da grade curricular”.

Conforme o pró-reitor, as discussões que se iniciaram no âmbito da UFFS “deverão constituir estratégias para a integração da Extensão e da Cultura com os demais pilares do fazer universitário, promovendo o debate sobre abordagens pedagógicas, partilhando experiências e sistematizando processos que podem se constituir em metodologias propositivas na formação, na produção e difusão do conhecimento que se vincula às necessidades do contexto social”. Como próximos movimentos, Neves diz que “os diversos momentos que integraram o SEMEA serão agora  sistematizados para facilitar o debate sobre a curricularização da Extensão”.

BALANÇO DO SEMEA

Emerson Neves da Silva também fez um balanço do SEMEA. “A participação da comunidade acadêmica foi significativa. Foram 128 submissões de comunicações em pôster e em torno de 50 experiências partilhadas nas seis mesas temáticas (Saúde; Arte e Cultura; Meio Ambiente e Agroecologia; Educação e Inclusão; Direitos Humanos e Cidadania; Tecnologia; Trabalho e Educação), que se constituíram em rico espaço de diálogo a partir das afinidades das ações da temática vinculada, promovendo um olhar à prática de Extensão como possibilidade de conexão ao ensino”, avaliou.

O principal foco do SEMEA, de acordo com Neves da Silva, foi aprofundar as análises e discussões sobre curricularização da Extensão, a partir das prerrogativas da regulamentação nacional (Resolução CNE Nº 7, de 18 de dezembro de 2018). “Tivemos a presença do relator da Resolução, Gilberto Gonçalves Garcia, que foi responsável pela conferência de abertura do evento, com a temática “Diretrizes para Extensão na Educação Superior”. Na palestra, Garcia falou da “necessária metodologia produtora da valorização do processo pedagógico a ser desencadeado a partir da integração da Extensão ao Ensino”.

Ainda na programação, o professor André Dala Possa, pró-reitor de Extensão do  Instituto Federal de Santa Catarina, relatou a forma como o IFSC foi inserindo a diretriz proposta na legislação ao longo de quase cinco anos. Atualmente, o Instituto inclui a Extensão na maioria dos Projetos Pedagógicos do Cursos.