Na última sexta-feira (21), o Conselho do Campus Realeza definiu o nível de segurança operacional para a gestão de risco na pandemia da Covid-19 a nível local. Essa é uma das primeiras medidas a serem definidas pelos campi da UFFS de acordo com a Resolução nº 35/CONSUNI/UFFS/2020, aprovada pelo Conselho Universitário (CONSUNI), referente ao protocolo de biossegurança para preparação e execução do Plano Institucional de Retorno Gradual das Atividades Acadêmicas Suspensas.

O nível de segurança operacional varia entre 1 (risco baixíssimo) até 5 (risco altíssimo), sendo estabelecido para o Campus Realeza o nível 5, conforme a Resolução Nº 27/CONSC RE/UFFS/2020. A medida deverá prevalecer até o dia 14 de setembro, quando será reavaliada pelo Conselho de Campus.

Para a definição do nível em Realeza, o Conselho também aprovou a Matriz de Indicadores para a Gestão de Risco na Pandemia da Covid-19, que está descrita na Resolução Nº 26/CONSC RE/UFFS/2020. O documento baseia-se em dados do Ministério da Saúde e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, porém foi adaptado às características da 8ª Regional de Saúde do Estado do Paraná, a  qual o município de Realeza é pertencente.

Com a finalização dessas etapas, uma comissão instituída pela Resolução Nº 24/CONSC RE/UFFS/2020 pode trabalhar na elaboração do subplano de retomada das atividades letivas, suspensas no âmbito do Campus Realeza, que integrará o plano institucional da UFFS e também subsidiará a criação de um calendário acadêmico especial unificado, no qual se poderão adotar tempos e datas diferentes para as atividades em cada campus. O subplano deverá conter a indicação de ações protetivas e preventivas diante da pandemia da Covid-19, bem como as atividades permitidas, de acordo com o nível de segurança.

 “Além de uma série de medidas que procuram proteger as pessoas do risco de contágio, o subplano de retorno gradual às atividades acadêmicas suspensas no Campus Realeza ainda contemplará o conjunto de atividades acadêmicas propostas para o semestre especial, o detalhamento do calendário acadêmico unificado – ainda a ser aprovado pelo CONSUNI – um conjunto de ações complementares de apoio aos estudantes e aos servidores, a fim de que todos minimizem os prejuízos decorrentes da situação vigente, assim como uma sistemática de organização e funcionamento dos setores/assessorias do campus, conforme o regime de trabalho e o nível de segurança operacional adotado. Mediante monitoramento e avaliação periódica dos níveis de segurança operacional, o retorno gradual às atividades representa uma resposta institucional que permite que a Universidade não perca de vista sua função de continuar formando pessoas, mesmo nesse momento tão difícil para todos”, destacou o diretor do Campus Realeza, Marcos Antônio Beal.

A Matriz

A matriz utilizada para a definição do nível de segurança operacional do Campus Realeza leva em consideração oito indicadores, que representam três dimensões de avaliação: 1) Epidemiológica; 2) Capacidade do sistema de saúde pública local; e 3) Vulnerabilidade da comunidade acadêmica.

Na primeira dimensão são avaliados os indicadores de taxa de incidência, mortalidade e letalidade por Covid-19, além da variação de casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Na segunda, avalia-se a taxa de ocupação hospitalar, medindo a disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na última dimensão, é considerada a taxa de incidência de Covid-19 no Campus Realeza e o número de pessoas vulneráveis – como idosos, pessoas com doenças crônicas ou graves, gestantes, responsáveis por doentes ou suspeitos de Covid-19, entre outros.

A avaliação dos indicadores será realizada semanalmente, sendo o nível de segurança operacional do Campus Realeza revisado pelo Conselho do Campus Realeza em sessões convocadas para esse fim.

Nível 5

As implicações relacionadas ao nível 5 de segurança operacional estão descritas no Anexo 2 da Resolução Nº 27/CONSC-RE/UFFS/2020. Não sendo permitidas aulas teóricas presenciais na graduação e pós-graduação, aulas práticas laboratoriais e visitas técnicas. Estágios e residências/práticas profissionais na área de abrangência do Campus Realeza também não são permitidos, a não ser que sejam realizados em localidades que apresentem menor risco. Estão permitidas as aulas remotas.

Com relação às atividades de pesquisa, extensão ou cultura (desenvolvimento de projetos nessas áreas, dissertações de mestrado e trabalhos de conclusão de curso) que fazem uso de laboratórios, áreas experimentais e outros espaços, estão permitidas apenas atividades essenciais autorizadas pela chefia da unidade.

Os setores de atendimento aos estudantes e os demais ligados à administração do Campus Realeza continuam em atendimento remoto. O Restaurante Universitário  e cantina permanecem sem atendimento e os laboratórios de informática estão fechados.

Ficam permitidas, apenas de maneira remota, a realização de eventos culturais, técnico-científicos, de formação ou relacionados à saúde do servidor,  assim como, formaturas, reuniões e sessões (colegiados, núcleos docentes estruturantes, fóruns, entre outros).

Servidores docentes e técnico-administrativos em educação devem trabalhar remotamente, com presencialidade pontual em casos autorizados pela chefia imediata ou superior. As atividades dos trabalhadores terceirizados, como limpeza, serviços gerais e segurança patrimonial, mantêm apenas o essencial e sob demanda.