Cinco projetos de pesquisadores da UFFS receberão financiamento do Programa Pesquisador Gaúcho

Publicado em: 01 de novembro de 2013 12h11min / Atualizado em: 06 de janeiro de 2017 10h01min

Projetos de Pesquisa apresentados por professores da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) ao Programa Pesquisador Gaúcho (PqG) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) foram selecionados e receberão apoio financeiro.

Os professores do Campus Erechim Altemir José Mossi, Kátia Kellem da Rosa e Roberto Valmir da Silva, e do Campus Cerro Largo, Benhur de Godoi e Daniel Joner Daroit, conforme o edital Fapergs 001/2013, terão dois anos para executar as pesquisas com financiamento do órgão de fomento, podendo ter esse prazo prorrogado se necessário. A estimativa é que a Fapergs libere cerca de R$ 140 mil para apoio às pesquisas.

O Programa Pesquisador Gaúcho prevê a aplicação de recursos financeiros em “projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e inovador do Estado do Rio Grande do Sul, em qualquer área do conhecimento”. Cada projeto contará com uma equipe constituída por pesquisadores, alunos e técnicos, além de colaboradores que podem ser profissionais de outras áreas.

Campus Erechim

Um dos projetos aprovados, que tem como coordenador o professor Altemir Mossi, tem por objetivo geral realizar testes de atividade biológica (inseticida, e repelente) com óleo essencial de espécies dos gêneros Baccharis e Salvia(Baccharis dracunculifolia, Baccharis trimera e Salvia officinalis) para uso no controle de Sitophilus zeamais (gorgulho-do-milho) em grãos de milho e Acanthocelis obtectus (caruncho-do-feijão) em feijão. “Neste sentido, pretende-se desenvolver alternativas para o controle de pragas em grãos armazenados, diminuindo o uso de pesticidas e aumentando a sustentabilidade na agricultura, especialmente na agricultura familiar”, explica Mossi.

Outro projeto aprovado no Programa Pesquisador Gaúcho, coordenado pela professora Kátia Kellem da Rosa, estuda as alterações na dinâmica glacial, hidrológica e sedimentar no campo de gelo Kraków, no domo Bellingshausen e nas geleiras Dobrowolski e Znosco na Ilha Rei George, Antártica. “O projeto envolve atividades de campo e tecnologias inovadoras de Sensoriamento Remoto e Processamento Digital de Imagens com a integração em um Sistema de Informações Geográficas para possibilitar a geração de cenários futuros de resposta do ambiente glacial às variações dos parâmetros analisados”, explica. A pesquisa será realizada com parcerias de professores dos cursos de Engenharia Ambiental e Geografia da UFFS – Campus Erechim, além de oito bolsistas renumerados e voluntários.

O projeto de pesquisa coordenado pelo professor Roberto Valmir da Silva, com a participação das professoras Gean Delise Pasquali Vargas e Marília Teresinha Hartamann, tem como objetivo principal avaliar a eficiência das larguras de faixas de matas ciliares sob aspectos da quantidade e qualidade da água. O projeto será aplicado na bacia do Rio Ligeiro, afluente do Rio Uruguai, inserida nos municípios de Erechim, Barão de Cotegipe, Barra do Rio Azul e Itatiba do Sul, estado do Rio Grande do Sul. “O principal resultado deste projeto é a avaliação das larguras de faixas de mata ciliar na bacia do Rio Ligeiro e uma comparação com as larguras mínimas exigidas pelo código florestal vigente”, explica.

Campus Cerro Largo

No Campus Cerro Largo, dois projetos foram aprovados pelo programa: um na área de Química e coordenado pelo professor Benhur de Godói e outro na área de Ciências Biológicas, coordenado pelo professor Daniel Daroit.

O primeiro projeto, intitulado “Síntese e Reatividade de Compostos Derivados de Organocalgênia”, tem o objetivo de estudar compostos orgânicos contendo átomos de calcogênio, no intuito de verificar sua viabilidade como intermediários e precursores. Além disso, conforme afirma Benhur, busca-se iniciar um sistema de colaboração com grupos de pesquisa de outras instituições de ensino superior, a fim de alavancar as pesquisas na área de síntese orgânica. Organocalgênia são substâncias orgânicas que contém átomos de enxofre, selênio ou telúrio. “Essas substâncias têm demonstrado um grande potencial sintético e farmacológico, encontrando aplicação ainda para o setor agrícola”.

Já, o projeto intitulado “Prospecção de bactérias proteolíticas e proteases extracelulares com potencial para agregação de valor a resíduos a agroindustriais”, coordenador pelo professor Daniel Daroit, tem o objetivo de pesquisar métodos e tecnologias que degradam matérias orgânicas oriundas da indústria da carne, por meio de micro-organismos.