Campus Erechim recebe exposição de fotos com temática indígena
Imagens proporcionam olhares de sensibilidade e alteridade frente ao processo de marginalização e vulnerabilidade das comunidades indígenas

Publicado em: 09 de agosto de 2019 08h08min / Atualizado em: 09 de agosto de 2019 09h08min

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim recebe, até o dia 12 de agosto, uma exposição de fotografias sobre o modo de vida dos índios Aporinã, que vivem na Região Norte do Brasil (Amazonas, Acre e Rondônia). A mostra é composta por 20 banners em lona que proporcionam olhares de sensibilidade e alteridade frente ao processo de marginalização e vulnerabilidade das comunidades indígenas em todo o território brasileiro. As obras são de vários autores e têm curadoria do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin).

A exposição é promovida pelo Setor de Produção Cultural do Campus, por meio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) em conjunto com a Uergs e o Acervo Histórico Municipal de Erechim. As obras estão localizadas no Saguão do Bloco A da UFFS.

Sobre o povo Apurinã

Atualmente há quatro comunidades Apurinã no município de Boca do Acre, no estado do Amazonas. Três delas estão na beira da estrada, próximas à BR-317. Essa ocupação territorial deve-se ao fato das três comunidades serem sobreviventes de um surto de sarampo que dizimou a aldeia existente na região, além de outras ações externas que colaboraram para tal situação.

Os Apurinã vivem em diversas terras indígenas, todas na região Norte do Brasil (entre os estados do Amazonas, Acre e Rondônia). Trata-se de um povo tradicionalmente migrante.

Os primeiros pesquisadores, viajantes e missionários a percorrer o Rio Purus, na segunda metade do século XIX, afirmavam que os Apurinã, ainda que morassem a alguma distância da beira do rio, vinham para as margens para pescar e apanhar tartarugas. Na época em que chegaram os não índios, muitos Apurinã se refugiaram no alto de igarapés, e outros, quando trabalharam em seringais, também moraram em locais insulados.