Campus Erechim chega ao número de mil acadêmicos formados
Trajetória da milésima formanda, Gabriela Belló Artuso, representa o impacto da educação ofertada pela UFFS

Publicado em: 13 de março de 2020 11h03min / Atualizado em: 13 de março de 2020 13h03min

A colação de grau do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim, realizada no dia 29 de fevereiro, foi interrompida no momento de diplomação da formanda Gabriela Belló Artuso. O susto foi proposital: naquele momento, com a diplomação de Gabriela, a UFFS – Campus Erechim chegou ao número de mil acadêmicos formados, considerando os cursos de Graduação e Pós-Graduação.

Assim, Gabriela, que recebeu um reconhecimento das mãos da Direção do Campus, é mais uma importante personagem da recente história da UFFS, que completou 10 anos em setembro de 2019. A Instituição é parte do processo de interiorização do ensino público superior. Criada pela Lei Nº 12.029, de 15 de setembro de 2009, a UFFS abrange mais de 400 municípios da Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul – Sudoeste do Paraná, Oeste de Santa Catarina e Noroeste do Rio Grande do Sul.

A UFFS, desde o seu primeiro processo seletivo, favorece o ingresso dos alunos oriundos da escola pública, como é o caso de Gabriela, natural de Pato Branco, no Paraná.

- A UFFS é uma universidade inclusiva. Lembro ainda de que, quando me inscrevi por meio da cota de escola pública, notei que a UFFS possuía uma das maiores porcentagens que eu já havia visto sobre este fator. Isso, depois que ingressei, me permitiu conhecer diversas realidades e culturas, entender diferentes perspectivas e que o espaço de ensino não apenas é enriquecido com essa soma, mas também o torna mais igualitário – diz a agora arquiteta e urbanista.

- Tudo isso levando em conta que a Educação Superior ainda é algo distante para muitos, retrato de um sistema de desigualdade posto há muitos anos na nossa história. Isso me fez aprender muito mais que uma profissão e acredito que seja esse o maior legado que a UFFS deixou em mim. Tenho orgulho da nossa Instituição e daqueles que lutam por ela e sou grata por ter me graduado na UFFS. Parafraseando o ensinamento de um professor muito querido, “temos que sempre nos voltar para o motivo do nosso trabalho: as pessoas, porque o espaço construído sem pessoas não passa de algo abstrato e sem sentido”.

Gabriela e o diretor Luís Fernando Santos Corrêa da Silva, durante a homenagem na formatura: marco na história da Instituição (Foto: Kellin Biazi Fotografia)

Gabriela conta que tomou conhecimento da UFFS por meio de uma amiga da mesma cidade em que cresceu, que já cursava Arquitetura e Urbanismo desde 2012. Com a mudança para outra cidade e outro Estado, encontrou na Universidade o apoio de que precisava, tanto na vida acadêmica quanto para o seu crescimento pessoal.

- A UFFS, como uma Universidade nova e um corpo docente também jovem, possui um perfil muito receptivo. Os professores, bem como o curso, são muito abertos a escutar, além de ensinar - postura essencial para uma universidade democrática. Essa troca de experiências se dá não apenas na relação aluno-professor e aluno-aluno, mas também universidade-comunidade, o que reflete em como a UFFS não é delimitada por fronteiras.

Em todo seu tempo no campus universitário, a formanda “número mil” acompanhou o crescimento e a consolidação da UFFS como uma Instituição de Ensino Superior (IES) de excelência.

- Ver a UFFS sendo literalmente construída nos faz querer ver ainda mais o seu êxito, pois sabemos como a educação é direito e ferramenta fundamental. Posso afirmar que a qualidade do curso e dos professores é proporcional aos esforços e exigências que passamos durante a Graduação. Isso é quantificado na nota atribuída pelo MEC mas também no nosso diferencial como profissionais – diz Gabriela.

Agora formada, a jovem atua ao lado do pai, que é engenheiro civil, e faz parte de um escritório-ateliê de representação gráfica.

- Tenho muitos planos para o futuro. Estou aberta a diferentes oportunidades que venham aparecer, pois a arquitetura dispõe de uma gama diversa de possibilidades. Não acredito que uma coisa deva anular outra, é possível também continuar estudando enquanto se trabalha. Por isso não descarto a ideia de pesquisar, fazer publicações, uma Pós-graduação, concursos e aprender novos softwares – finaliza.

Atualmente a UFFS – Campus Erechim possui os seguintes cursos de Graduação: Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Sociais, Engenharia Ambiental e Sanitária, Filosofia, Geografia, História, Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza e Pedagogia.

Na Pós-graduação, são três mestrados: Ciência e Tecnologia Ambiental; Interdisciplinar em Ciências Humanas; Profissional em Educação; e Geografia (este último em parceria com o Campus Chapecó). Já as especializações em andamento são duas: em Gestão Escolar e em Processos e Produtos Criativos e suas Interfaces.