Setor de Acessibilidade se fortalece para aprimorar atuação
Mais servidores passam a fazer parte do setor e, com isso, outras ações serão possíveis

Publicado em: 20 de junho de 2017 17h06min / Atualizado em: 21 de junho de 2017 08h06min

Não é apenas uma nova composição e uma nova sala: o Setor de Acessibilidade da UFFS – Campus Chapecó também está sendo modificado na busca por melhor entender e atender às demandas de acadêmicos e servidores da Instituição. O grupo, agora formado por técnicos-administrativos e professores – designado pela Portaria Nº 27/PROGRAD/UFFS/2017 –, está estudando e levantando demandas visando compreender as necessidades e traçar estratégias para atendê-las.

A coordenadora e as intérpretes de Libras estão sentadas ao redor de uma mesa redonda e conversando

“Entendemos que o maior desafio para o setor se constitui em possibilitar que acadêmicos e servidores tenham pleno acesso às atividades acadêmicas e ao ambiente de trabalho, de modo a equiparar a condições de acesso entre todos”, ressalta a coordenadora do Setor de Acessibilidade e professora da UFFS – Campus Chapecó, Patrícia Gräff. Para isso, o setor vem organizando gradativamente a articulação com o Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) e o Setor de Assuntos Estudantis (SAE), visando dar maior organicidade aos trabalhos.

A diretora da UFFS – Campus Chapecó, Lísia Regina Ferreira, destaca que reforçar o setor é essencial para que seja possível “propor e promover ações para eliminar as barreiras – físicas, de comunicação, de informação – que muitas vezes impossibilitam o acesso, a permanência e a participação plena das pessoas com deficiência na Universidade”. Além disso, a diretora lembra que também é preciso desenvolver ações para combater os preconceitos e estereótipos que envolvem as pessoas com deficiência, “que historicamente foram excluídas do convívio social, do convívio educacional regular. A partir de 2007, com a Política de Educação Inclusiva, as escolas, as universidades vêm se organizando para dar conta dessas demandas, mas o preconceito ainda está presente, então também precisamos trabalhar nessa dimensão”.

Nesse sentido, a professora Patrícia acredita que ações formativas possam trazer resultados positivos – tanto às pessoas com deficiência quanto aos que convivem no cotidiano acadêmico ou de trabalho com alguém com deficiência. “Mais do que dar visibilidade, nosso propósito se constitui no atendimento às demandas de acadêmicos e servidores. Entretanto, entendemos que ações formativas, que mobilizem o pensamento e repercutam em ações mais inclusivas – e quando falamos em inclusão, referimo-nos a um tipo de inclusão ética, que assuma um sentido de acolhimento ao outro –, podem trazer resultados bastante positivos, tanto para quem precisa do aparato da acessibilidade, quanto para quem, com eles, compartilha da vida acadêmica, no campus. Desse modo, estamos estruturando, com o NAP e com o SAE, alguns eventos que nos permitam colocar as questões da acessibilidade em circulação”, enfatiza ela.

As intérpretes de Libras Elis Gorett Lemos da Fonseca e Naiara Leticia Valentini Dellai, atuantes na UFFS – Campus Chapecó desde 2012 e 2015, respectivamente – já compunham o setor. Conforme Elis, anteriormente, os atendimentos eram feitos, conforme surgiam as demandas, mesmo que para pessoas com outras deficiências que não a surdez. Agora, entretanto, ela acredita que os atendimentos poderão ser qualificados. “Estamos esperançosas de que com mais pessoas o setor possa alcançar todos os estudantes e servidores que precisem”, complementa Naiara.

Segundo a professora Patrícia, no momento de reconfiguração, as prioridades do setor estão centradas em fortalecer o setor e articular um plano de ações. “Para isso, temos organizados alguns encontros que nos possibilitam entrecruzar as potencialidades de cada membro com as necessidades levantadas no setor. Entendemos que, sintonizando os conhecimentos e as afinidades de cada um com as diferentes demandas que vem surgindo, poderemos produzir um trabalho mais efetivo. Ações conjuntas entre os membros também vêm sendo planejadas e executadas, além de discussões sobre os encaminhamentos mais adequados a cada caso e da participação em reuniões e colegiados, para sinalizar alguns encaminhamentos”, finaliza.