Estudantes de Ciência da Computação da UFFS – Campus Chapecó ganham prêmio em evento internacional
Eles contribuíram no desenvolvimento de um protótipo de aplicativo voltado à Segurança Pública

Publicado em: 13 de setembro de 2017 13h09min / Atualizado em: 13 de setembro de 2017 13h09min

Uma vitória inesperada, em uma competição surpresa promovida em um evento internacional. A história parece um tanto estranha, mas não só é verdadeira como está mais próxima do que se imagina: foi vivida por dois estudantes de Ciência da Computação da UFFS – Campus Chapecó.

Estudantes discutem sobre o aplicativo em frente a um computador; um deles também segura um smartphone com o aplicativo na tela

Luan Félix Pimentel e Eduardo Stefanello souberam pela internet da realização da Escola Internacional de Verão em Cidades Inteligentes (IEEE) na Capital do Rio Grande do Norte (RN), Natal. Membros do Grupo de Estudos e Pesquisa em Engenharia de Software (GEPES), orientado pela professora Graziela Simone Tonin, ambos tiveram interesse e resolveram participar como ouvintes.

A surpresa do evento foi um desafio: os grupos precisaram desenvolver soluções inteligentes para cidades, em várias áreas. Eles – no grupo formado por dois estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e dois da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – disputaram a categoria “Empoderamento do Cidadão”, e venceram a competição, com destaque, criando um protótipo de aplicativo direcionado à segurança pública.

Conforme Luan, os grupos receberam as tarefas e souberam dos problemas a serem resolvidos em conversas com os próprios “clientes”. No caso dos estudantes da UFFS, o grupo conversou com pessoas ligadas à segurança pública da prefeitura de Natal. A tarefa é bastante parecida com o que propõe a professora Graziela nas aulas do componente curricular de Engenharia de Software durante o curso.

Os estudantes criaram um protótipo que auxilia a população a pedir ajuda em momentos de emergência. A ideia é a seguinte: no smartphone, qualquer pessoa cadastrada e com o aplicativo instalado poderia acionar o botão de pânico. O aplicativo envia um sinal para a Central de Inteligência, que verifica o problema pelas câmeras de segurança espalhadas em vários pontos da cidade e aciona uma (ou mais) viaturas próximas da localização.

Seis pessoas em pé, voltadas para frente. Duas delas seguram um certificado

Além de ser de grande auxílio para os cidadãos em risco, o aplicativo – se desenvolvido e, de fato, aplicado, posteriormente – poderá gerar dados qualificados para estudos da segurança pública. “São geradas estatísticas que poderão auxiliar na distribuição mais adequada das viaturas pelas áreas das cidades e os horários estratégicos, conforme as necessidades específicas de cada região”, explica Eduardo.

A contribuição do protótipo, para Luan, é amenizar o medo da população ao realizar atividades rotineiras nos espaços públicos. Eduardo reforça que, além da diminuição do medo, o cidadão terá o poder de acionar a polícia rapidamente ao constatar uma ameaça e, o que é mais vantajoso, sem demora, sem burocracia e em tempo real.

Com o resultado do evento, que aconteceu de 6 a 11 de agosto, novas possibilidades se abrem aos estudantes. Em Natal, já há estudos e trabalhos para implantação do aplicativo. E, conforme Luan, com as devidas adaptações, o aplicativo pode ser implementado e contribuir na segurança pública de qualquer município.

Em um smartphone, aplicativo é mostrado. Na tela, um mapa com a localização, além do botão "Pânico" são mostrados