O Projeto AdministraCão expandiu suas ações e entrou na sala de aula na quarta-feira (16). Mas não é dentro da UFFS – Campus Chapecó: é numa sala com cadeirinhas pequenas, desenhos, brinquedos e crianças. A ideia é sensibilizar os pequenos para a questão do bem-estar animal. Mas a programação não se resumiu a explicações. As crianças, de três e quatro anos da Escola MotherCare receberam, também, a visita de dois cachorros e uma tartaruga.

“Além de apoiar administrativamente grupos de voluntários (da causa animal), queríamos agir no sentido de explicitar a importância da adoção, de tratar bem animais, de criar cães comunitários, de tratar os bichos de uma maneira melhor”, comenta a professora da UFFS – Campus Chapecó, Kelly Tosta, coordenadora do projeto. Inicialmente, segundo ela, a ideia foi abordar essas temáticas com o público universitário, mas perceberam que não surtiria um efeito tão grande quanto com as crianças. “Eles que levam muitos assuntos do que aprendem na escola para casa”.

O estudante de Administração e voluntário no AdministraCão Rivaldo Arruda auxiliou na primeira ação em uma escola. Como estão trabalhando com crianças, a estudante de Pedagogia Manuele Dal Moro também se engajou ao projeto. Desde o início do ano ela planeja as questões referentes aos momentos com as crianças. “Muitas crianças têm animais em casa, mas não sabem como cuidar ou veem animais na rua e não sabem o que fazer. É necessário conscientizar as crianças desde pequenas para, futuramente, termos um mundo melhor”, destaca Manuele.

Para uma das professoras das crianças, Francieli Dickel, a atividade é bastante proveitosa. "Com a extrema urbanização que temos atualmente, proporcionar esse contato com os animais é muito importante para as crianças", avalia.

A ida à escola foi um piloto e a ideia, agora, é refinar as atividades e ir a todas as escolas que tiverem interesse. O foco, conforme a professora, são as crianças com até dez anos. “O objetivo é mostrar às crianças que o bichinho sente – frio, sede, fome, dor, sente o carinho. Às vezes eles veem o pet como um brinquedo, e o pet não é um brinquedo. O bichinho precisa de cuidados e há uma responsabilidade por parte da família que o tem”, ressalta a professora Kelly.