Uma conversa descontraída num local agradável, uma roda de amigos. A diferença de um happy hour tradicional? Os assuntos. Uma vez ao mês, todos os interessados estão convidados a ouvir e trocar ideias sobre ciência – mesmo longe de laboratórios ou salas de aula. O primeiro encontro já está marcado: será no sábado (18), às 18h, no Bar do Boca (Av. Getúlio Vargas, 1255, Centro), com o professor de Enfermagem da UFFS – Campus Chapecó, Vander Monteiro da Conceição. Ele abordará o tema “Estratégias educativas para a alta de pacientes oncológicos”.

Conforme a coordenadora do Projeto “A ciência vai ao boteco”, professora Zuleide Maria Ignacio, levar a ciência para os bares e botecos “é uma das formas de fazer divulgação científica, propiciando à população não acadêmica o conhecimento  das pesquisas científicas desenvolvidas nos centros de pesquisa, universidades, institutos federais, entre outros espaços acadêmicos. É uma forma de pular o muro da academia e alcançar a rua”.

O principal objetivo do projeto é “difundir popularmente a ciência através de divulgação em ambientes não acadêmicos, como bares, restaurantes, cafés e afins”. Pesquisas científicas realizadas na UFFS e outras instituições acadêmicas que tenham parcerias com pesquisadores da UFFS poderão ser divulgadas no projeto. A cada encontro, um integrante ou equipe apresentará o projeto científico com resultados totais ou preliminares. Depois o público poderá questionar e discutir a respeito do assunto. Além das palestras e discussões, o projeto também terá, sempre que possível, apresentações culturais, buscando integrar ciência e cultura e tornar o ambiente mais descontraído.

Sobre a pesquisa

A pesquisa a ser apresentada no sábado (18) tem como referencial teórico a Antropologia Médica, com foco na cultura e subjetividade. É realizada com pacientes oncológicos, enfermeiras da Unidade de Oncologia do Hospital Regional do Oeste (HRO) e estudantes de Enfermagem da UFFS que participam do Programa de Extensão “Estratégias educativas para a alta do paciente oncológico”, que está sendo executado no HRO, visando a melhoria da qualidade do cuidado e aperfeiçoamento da formação profissional. Pacientes, profissionais e estudantes de enfermagem são entrevistados em profundidade e os dados são analisados de acordo com a técnica de análise indutiva de pesquisa.