Mas, afinal, para quê, então, filosofia? Uma leitura do Górgias de Platão

 

 

     Mas, afinal, para quê, então, Filosofia? Uma leitura do Górgias de Platão

 

     “Afinal de contas, quanta coisa mudou desde que Tales de Mileto, aquele que é considerado o primeiro filósofo, andava por aí a medir pirâmides...”

 

   Autor: Fausto Dos Santos Amaral Filho

   

 

  

                   

 

 


Apresentação

Antes de tudo é preciso dizer que a presente obra – "Mas, afinal, para quê, então, Filosofia: uma leitura do Górgias de Platão" – parte de uma concepção hermenêutica que leva em consideração o estilo literário através do qual Platão nos legou os seus escritos: o diálogo socrático. Obra de literatura e ficção que se assemelha a uma peça teatral. E que, assim sendo, nos impõe uma hermenêutica específica, da qual resulta, em primeiro plano, a necessidade de compreendê-la a partir da sua integralidade orgânica. Assim, tomando a obra como um todo, perseguindo a disposição dos personagens, vemos no transcorrer do texto uma discussão que, ao delimitar a filosofia em contraposição à retórica, acaba por revelar a pergunta fundamental pelo valor da vida ou, ainda melhor, acaba por questionar o modelo de vida que realmente teria valor. Seguindo a linearidade do diálogo, mostram-se os argumentos de Sócrates com seus dialogantes: Polo, Górgias e Cálicles. Mais especificamente, como Sócrates vai impondo a contradição a cada um dos participantes do diálogo, superando, assim, o modelo de vida proposto por eles. Dessa maneira, a obra, tendo o diálogo de Platão como referência, questiona qual seria o modo de vida mais adequado para se viver.


Sobre o autor

Fausto Dos Santos Amaral Filho

Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor adjunto e pesquisador do PPGED da Universidade Tuiuti do Paraná. Atua principalmente nos seguintes temas: Hermenêutica e Educação; Crítica da Modernidade e Educação; Epistemologia e Educação. Lidera o Grupo de Pesquisa Epistemologia e Educação e o Grupo Sur Paideia. Autor de vários livros, dentre eles: Platão e a Linguagem Poética (Argos, 2008); Os Filósofos e a Educação (Argos, 2014).