Na última semana, em reunião on-line, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UFFS realizou a devolutiva dos resultados da autoavaliação institucional de 2019 para o reitor, pró-reitores, diretores de campi, coordenadores e todos os membros da CPA da reitoria e dos campi.
No final de 2019 e início de 2020, a gestão realizou uma série de reuniões de trabalho para tratar dos desafios com os que a UFFS se deparava. A CPA participou dessas reuniões de sensibilização que tiveram como propósito demonstrar a importância da autoavaliação institucional para subsidiar os processos de planejamento e gestão da UFFS. 

Avaliação
De acordo com a coordenadora da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Ana Maria Olivo, a autoavaliação na UFFS é coordenada pela CPA, com as contribuições da Reitoria, pró-reitorias, Procuradora Educacional Institucional, direções dos campi, coordenações acadêmicas, coordenações dos cursos, núcleos docentes estruturantes e colegiados dos cursos. As avaliações são realizadas tanto pela CPA como pelas coordenações e setores da UFFS, de forma coordenada.

Na autoavaliação institucional dos anos anteriores, o foco foi a aplicação de instrumentos quantitativos, aplicados aos docentes, aos técnicos administrativos e aos discentes. Em 2019 e início de 2020, foram utilizadas metodologias qualitativas e quantitativas. "Dessa forma, as análises quantitativas,  entrevistas, diálogos e reuniões realizadas com servidores de diversos setores da UFFS mostraram-se efetivas e complementares na autoavaliação do cenário institucional", afirmou Ana Maria. 

No âmbito da Reitoria, o foco principal dos trabalhos da CPA/UFFS, no ano 2019 e início de 2020, foi diversas reuniões de trabalho realizadas para discutir os principais desafios da UFFS para os próximos anos. “Dentre elas, destaco a I Reunião de Trabalho Ampliada, realizada em 2020, na qual foram discutidas e traçadas estratégias com a finalidade de melhorar os seguintes pontos: capacidade de atração de estudantes pelos cursos, formas de ingresso (vestibular e SiSU), indicadores de desempenho (Enade, IGC, CPC), eficiência e qualidade, políticas de permanência dos estudantes, indicadores de ingresso (matrículas, ocupação e inscrições em processos seletivos), avaliação institucional e de cursos (CPA), inserção da extensão no currículo, adaptação dos cursos às recentes alterações das DCNs, ensino a distância, entre outros temas emergentes”, explicou Ana Maria.

Além da avaliação do cenário geral da UFFS, as pró-reitorias fizeram suas autoavaliações internas, e os resultados foram disponibilizados no Relato Integrado de Gestão, apresentado ao TCU, e no Relatório de Autoavaliação Institucional 2019. Já no âmbito dos campi, foram avaliados cursos e componentes curriculares dos cursos, os RUs e foi feita a  Pesquisa de Satisfação dos Serviços e Programas da Assistência Estudantil da UFFS (PSAE). No início de 2020, foi aplicada uma pesquisa para medir a satisfação dos alunos egressos de Graduação e de Pós-Graduação. 

Resultados
Segundo Ana Maria, com base nas autoavaliações, foram implementadas algumas melhorias como, por exemplo, melhorias nas bibliotecas, revisão dos PPCs dos cursos, implantação de mecanismos para o acompanhamento de egressos da UFFS em sua inserção no mundo do trabalho, inovação no processo seletivo para ingresso na Instituição, com a realização de processo seletivo próprio e on-line, humanização dos ambientes na Universidade, construção de espaços para a prática de esportes e melhorias na infraestrutura e acessibilidade.

Para ela, a partir dos resultados da autoavaliação 2019, podem ser observadas muitas oportunidades de melhoria dos processos de gestão. “Todos os campi estão com representantes da CPA participando ativamente dos processos avaliativos. No entanto, muitos ainda são os desafios a serem superados para que se crie uma cultura de autoavaliação institucional, porém a instituição está no caminho certo e o processo de melhoria contínua nunca acaba”, afirmou.

Importância
O trabalho coordenado pela CPA, por meio da divulgação dos resultados e as evidências de que melhorias são implantadas com base nas autoavaliações, são quesitos avaliados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A autoavaliação impacta os conceitos atribuídos à UFFS pelo INEP e pela CAPES, além de dar parâmetros para o planejamento e gestão da UFFS. “Isso tudo impacta a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, que, por sua vez, impactará a formação das pessoas e o desenvolvimento das regiões onde a UFFS está instalada ou onde os profissionais irão atuar. A autoavaliação é uma forma de dar voz aos usuários dos serviços da UFFS (servidores, alunos e comunidade externa), que contribuem para que se atue no melhoramento contínuo dos processos e serviços ofertados”, destacou Ana Maria.

Para o reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul, prof. Marcelo Recktenvald, trabalhar com base em indicadores e resultados da avaliação institucional, evidenciados pela CPA, contribui para pavimentar um importante caminho rumo à elevação da qualidade e eficiência na Instituição. Portanto, pensar em Universidade implica valorizar a avaliação. “Quando cotejamos os resultados avaliativos produzidos pela Comissão Própria de Avaliação às deliberações administrativas da UFFS, não apenas reforçamos o papel da avaliação na Universidade, mas empoderamos o órgão institucional responsável pela coordenação das diversas iniciativas de autoavaliação institucional, elemento estratégico na expressão da autonomia universitária. É importante destacar que, neste momento em que a UFFS aguarda o seu recredenciamento, estamos avançando para uma nova cultura de autoavaliação, mais dinâmica, participativa e democrática, rumo a novas perspectivas de qualidade”, concluiu.