Laboratórios do Campus Realeza recebem novos equipamentos para análises químicas
A aquisição dos equipamentos busca fomentar pesquisas na área da agroecologia e que envolvam experimentos nessa área, o que é objeto de financiamento pela própria Universidade.

Publicado em: 18 de março de 2019 15h03min / Atualizado em: 18 de março de 2019 16h03min

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Realeza está com novos equipamentos laboratoriais para analisar e detectar diferentes materiais orgânicos e inorgânicos. A aquisição dos equipamentos busca fomentar pesquisas na área da agroecologia e que envolvam experimentos nessa área, o que é objeto de financiamento pela própria Universidade. O investimento na compra dos equipamentos foi de aproximadamente R$ 250 mil.

Um dos projetos beneficiados com a aquisição dos equipamentos estuda a criação de defensivos agrícola a partir de produtos naturais, como biofertilizantes (esterco e urina de animais), plantas, gordura, cinzas e etc. "A aquisição destes equipamentos contribuirá não só para o desenvolvimento do defensivo orgânico que estamos estudando, como também será importante em outras pesquisas na Instituição", ressaltou a coordenadora da pesquisa, professora Gisele Louro Peres.

Grupo de pesquisa da professora Gisele Louro Peres recebendo orientações sobre o uso do potenciostato (Ariel Tavares/UFFS)

O primeiro equipamento a chegar foi o Zetasizer responsável por determinar a massa molecular, o diâmetro e a carga superficial de nanopartículas, permitindo compreender melhor as propriedades físico-químicas de diferentes materiais. "Com o Zetasizer temos três análises em um só equipamento. Ele tem aplicações, por exemplo, nas análises de alimentos, como proteínas, e na área farmacológica na determinação da estabilidade de emulsões, formulações e a caracterização de sistemas nanopartículados", explicou Peres.

A UFFS também adquiriu um potenciostato, um equipamento que realiza medidas eletroquímicas. De maneira simples, ele é capaz de verificar o processo de envelhecimento das células e dos materiais de estudos - como ligas metálicas, fármacos, produtos naturais - , a partir da transferência de elétrons, um processo químico chamado oxirredução. "Diversos pesquisadores pelo mundo utilizam as técnicas executadas pelo potenciostato para caracterizar e monitorar diferentes processos, além de criar novos materiais, incluindo eletrodos ou microeletrodos como aqueles utilizados para identificação de doenças ou mesmo a identificação de agrotóxicos, drogas ou fármacos em água ou mesmo em células", comentou uma das pesquisadoras, a técnica-administrativa em educação, Edinéia Paula Sartori Schmitz.

Primeiro equipamento a chegar foi o Zetasizer responsável por determinar a massa molecular, o diâmetro e a carga superficial de nanopartículas (Ariel Tavares/UFFS)

Os equipamentos já foram instalados nos Laboratórios de Multiusuários do Campus Realeza e estão disponíveis para os pesquisados de todos os campi da UFFS, assim como de outras instituições de ensino superior da região. "Estas são apenas algumas das inúmeras vantagens da aquisição destes equipamentos para o nosso grupo de pesquisa, bem como viabilizam o uso por todos os pesquisadores da Instituição. Isso proporciona o desenvolvimento científico e tecnológico da UFFS nas áreas medicinal, farmacêutica, ciência dos alimentos, ciência dos materiais, analítica, dentre tantas outras", salientou Peres.