Campus Passo Fundo: Projeto “Arte promovendo Saúde e Saúde promovendo Arte” completa 4 anos
Além de promover a saúde a partir da interação entre arte, saúde e cultura, o projeto desenvolve a humanização dos estudantes de Medicina

Publicado em: 21 de setembro de 2017 14h09min / Atualizado em: 21 de setembro de 2017 15h09min

Inspirado em um projeto desenvolvido pela ONG Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde, do Rio de Janeiro, o projeto de cultura do Campus Passo Fundo “Arte promovendo Saúde e Saúde promovendo Arte” iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2014, sendo aprovado quatro anos seguidos pelo programa institucional Bolsa Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFFS.

Segundo a professora coordenadora, Vanderléia Laudete Pulga, “o projeto vem revelando que a inovação nas práticas de educação e promoção da saúde no âmbito universitário, estendido à comunidade e aos serviços de saúde, tem na arte e na cultura uma potencialidade que aprimora a reflexão sobre as formas de produção de saúde e de cuidados. Do mesmo modo, qualifica a construção dessas dimensões no ser humano, uma vez que as expressões artísticas são espaços de criação e problematização e representam, também, a possibilidade da emergência do lúdico, do simbólico, trazendo à cena outros elementos, além da verbalização, permitindo expressar o cotidiano em seus conflitos, suas contradições e potências”.

 

O objetivo do “Arte promovendo Saúde e Saúde promovendo Arte” é promover a saúde junto às populações a partir da interação entre Arte, Saúde e Cultura com estudantes do curso de Medicina em comunidades e em espaços de cuidado em saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) onde a UFFS está inserida. Já foram realizadas oficinas de formação sobre a arte e a produção do palhaço, intervenções artísticas em eventos da Universidade, na Mostra de Saúde da Família, em Unidades Básicas de Saúde (UBS), em hospitais, em escolas públicas e em comunidades de periferia urbana, de assentamentos rurais, indígenas e quilombolas.

Para Vanderléia, “pela capacidade do projeto em permanecer vinculado às fontes da vida e da morte das comunidades, ele envolve a criação de laços solidários e comprometidos com a libertação, constituindo-se como elo que articula saberes diferenciados, sensibiliza os diferentes atores envolvidos e exprime as representações que o ser humano elabora com respaldo na sua leitura do mundo na perspectiva de conhecer e intervir sobre a realidade”.

A união dos projetos “Arte fazendo Saúde e Saúde promovendo Arte” (Cultura) e “Formação de atores sociais a partir da educação popular em Saúde” (Extensão) deu origem à ação “Médicos dá arte”. A acadêmica Priscila Post aponta que essa articulação entre os projetos proporciona o desenvolvimento da humanização dos estudantes de Medicina. “Me considero uma pessoa muito diferente depois de passar pelas atividades promovidas pelo grupo. Cada ação me proporciona conhecer melhor os seres humanos, suas necessidades, particularidades, emoções, seus modos de pensar e agir. Nas aulas teóricas e práticas do curso aprendo o funcionamento orgânico do corpo. No projeto, tenho a oportunidade biopsicossocial, ou seja, como o meio e as relações podem gerar saúde e doença e o modo que eu, como futura médica, posso interferir para termos cada vez mais saúde e menos adoecimento”.

Ainda segundo Priscila, “muitas vezes o curso de Medicina pode ser exaustivo e nós, acadêmicos, adoecemos frequentemente. O "Médicos dá arte" me ensinou a cuidar de mim e a cuidar dos outros, tornando mais leve a carga de estudos e o trabalho com a doença”.

Para conhecer mais sobre o projeto e acompanhar suas ações acesse o Blog medicosdaarte.blogspot.com.br

 

 

Foto de alunos interagindo com crianças