Treinamentos contribuem com preparação para olimpíada
UFFS – Campus Chapecó promove uma das 36 olimpíadas regionais de Matemática do país, além de treinamentos

Publicado em: 23 de agosto de 2017 20h08min / Atualizado em: 24 de agosto de 2017 09h08min

Graduandos aprendendo a ensinar. Estudantes a partir do sexto ano exercitando raciocínio lógico, interpretação e resolvendo questões de Matemática. Escolas inseridas na UFFS – Campus Chapecó. A quarta-feira (23) foi mais um dia de treinamento para a Olimpíada de Matemática do Oeste Catarinense (OMOC), promovida, em 2017, pela UFFS – Campus Chapecó, com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Menina lendo o material disponibilizado pela UFFS de costas para a câmera

Três treinamentos já aconteceram e outros três estão programados. Dois deles acontecem em escolas; os demais, na própria UFFS – Campus Chapecó.

Coordena o projeto o professor Milton Kist, com a coordenação adjunta da professora Janice Reichert. Os professores Antonio Neri e Edson Ribeiro dos Santos são colaboradores, e aproximadamente 15 graduandos atuam como voluntários.

O trabalho é conjunto: os graduandos prepararam materiais sob a coordenação e com o auxílio dos professores. Como não houve condições de treinar os estudantes de todas as escolas participantes da OMOC, também foram disponibilizados os cadernos de treinamento e o gabarito da prova para os três níveis (conforme o ano em que os estudantes estão) aos que quisessem se aprofundar na escola ou mesmo em casa.

Conforme o professor, logo nesta olimpíada, a primeira organizada pela UFFS, 21 escolas se inscreveram. São estaduais, particulares e, a maioria, municipais (duas não são de Chapecó). “Não temos exatamente o número de estudantes que farão a prova, mas estimamos que seja em torno de 400 a 500. Porém, tendo por base as escolas, acreditamos que o programa impacte de 4 a 5 mil alunos”, avalia ele.

Kist ressalta que a olimpíada desenvolve habilidades importantes não somente para a Matemática. “Quando se trabalha com as questões das olimpíadas, você sabe que terá hipóteses, que são os enunciados, e terá que chegar a uma resolução. Mas dificilmente haverá uma resolução direta. Então, é necessário montar uma estratégia de resolução. E a partir do momento em que o aluno monta uma estratégia de resolução, ele leva isso para qualquer área do conhecimento. Isso será útil para a vida dele”, explica.

A professora da Escola Básica Municipal Sereno Soprana, Luciane Nagi Cozer, lembra de outra questão bastante importante aos seus alunos com o treinamento: “eles ficaram muito felizes em poder conhecer a universidade, ter uma aula aqui. Incentivamos muito que eles sigam estudando e, com uma universidade federal aqui, reforçamos a eles que é possível cursar o Ensino Superior”.
Estudante explicando resolução no quadro branco. Jovens das escolas aparecem de costas, olhando para o graduando

Mas os ganhos não ficam somente aos estudantes das escolas. Voluntário desde 2016 no projeto, o graduando João Batista Tomaz Neto considera a participação enriquecedora para sua formação. “É uma base para conseguir entrar na sala de aula e não sentir tanto. É uma forma de preparação”, pontua ele, que já é professora admitido em caráter temporário (ACT) do Estado.

O professor vê ainda mais vantagens dos graduandos participarem do projeto. “Os nossos alunos voluntários têm contato com estratégias de ensino um pouco diferentes já na formação. Então a chance deles, depois, enquanto profissionais, adotarem essas técnicas e melhorarem a capacidade de aprendizagem dos alunos deles é muito grande”, pontua.

A OMOC é uma das 36 olimpíadas regionais que acontecerão no país todo. Na UFFS – Campus Chapecó, a olimpíada será aplicada na tarde de sábado, 2 de setembro.