Roda de conversa debate identidade de gênero e orientação sexual
Será na quinta-feira (16), a partir das 19h

Publicado em: 14 de novembro de 2017 18h11min / Atualizado em: 16 de novembro de 2017 09h11min

A segunda roda de conversa do Projeto Cultura "Refletindo sobre identidade de gênero e orientação sexual a partir da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais: construção de espaços dialógicos à luz de Paulo Freire" acontece na quinta-feira (16), a partir das 19h, no Auditório do Bloco A. O tema será “Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais: desafios para formação em saúde”.
Estarão debatendo, a jornalista da UFFS, mestranda em Geografia, militante feminista e vice-presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Flávia Durgante, e o enfermeiro, especialista em Docência Superior na Saúde, Mestre em Ciências da Saúde e Ativista LGBTQ, Marson Luiz Klein.

As inscrições podem ser realizadas online, até as 16h do dia 16 de novembro. 

Conforme o coordenador do projeto, professor Cláudio Claudino da Silva Filho, “a ideia do Projeto e dos temas que serão discutidos em rodas de conversa e oficinas surgiu/surgiram a partir de uma demanda do projeto cultura anterior (fomentado por Bolsa cultura UFFS entre 2016 e 2017), no qual as vulnerabilidades da população LGBTQ para inúmeras violências na região mostraram-se preocupantes dentre as diversas situações que discutimos. Além disso, a partir de estudos já realizados por graduandas/os e docentes do Campus e de evidências em algumas vivências e estágios dos Cursos de Medicina e Enfermagem, emergiu a evidência de que a atenção no Sistema Único de Saúde (SUS) à população LGBTQ continua majoritariamente ancorada em estigmas e preconceitos que geram discriminação, que não é só nociva à saúde individual e coletiva, mas fere praticamente todos os princípios e diretrizes do SUS garantidos a todos e todas”.

Assim, segundo ele, para tentar transcender essa realidade muitas vezes excludente, busca-se, na formação de profissionais em saúde, “promover debates que permitam amadurecimentos e mudanças na prática profissional futura (e já na atuação como estagiários/as), agregando outros/as participantes de áreas e saberes correlatos (Pedagogia, História, Jornalismo, Ciências Sociais, Letras, dentre outras) ao conceito ampliado de saúde no qual acreditamos. Tentamos mostrar que a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral à População LGBTQ é também um lembrete quanto aos preceitos constitucionais, Lei 8.142/1990, dentre outros aparatos legais, para que o SUS e os/as profissionais de saúde acolham à todos/as sem discriminação e, ao mesmo tempo, (re)conheçam os conceitos e implicações das identidades de gênero e orientações sexuais para construírem um cuidado à saúde dialógico, individualizado, efetivamente humanizado e que respeite os Direitos Humanos e o Direito à Saúde baseado no princípio da Equidade”, finaliza.

Fazem parte do projeto, a professora Graciela Soares Fonseca, como coordenadora adjunta, o acadêmico bolsista Giovani Francisco Caus, do curso de Agronomia, e as acadêmicas voluntárias: Adriana Carolina Bauermann (Ciências Sociais/UFFS e Farmacêutica/Unochapecó), Fabrine Maria Favero (Enfermagem/UFFS) e Lorrayna Freitas (Ciências Sociais/UFFS). O projeto tem os seguintes apoios: Aben Núcleo Chapecó, Coletivo VER-SUS Oeste Catarinense, e PET Saúde GraduaSUS. Mais informações na página do evento no facebook.