Professora participa de encontro de Núcleos de Inovação Tecnológica
Representante do Comitê Gestor pelo Campus Chapecó, professora trouxe ideias e uma responsabilidade: é a segunda secretária no time de governança dos NITs de SC

Publicado em: 10 de maio de 2019 13h05min / Atualizado em: 10 de maio de 2019 16h05min

A professora da UFFS – Campus Chapecó Graziela Simone Tonin representou o Núcleo de Inovação Tecnológica e Social (NITS) da UFFS no III Encontro de NITs de Santa Catarina. O evento, na segunda-feira (6), na Udesc, em Florianópolis, teve a participação de universidades e empresas catarinenses.

Conforme a professora, inicialmente houve o relato de experiência do grupo de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) de Minas Gerais, que “vem atuando fortemente e com bons resultados”. “Eles se uniram em parques tecnológicos e fundações de pesquisa, fazendo a conexão com empresas, definindo metas claras e áreas prioritárias de investimentos para gerar inovação e, com isso, conseguiram angariar recursos. Aumentaram substancialmente o número de registros de patentes nacionais e internacionais, que surgiram de pesquisas nas Instituições de Ensino Superior, muitas com apoio de empresas”, ressaltou ela.

Depois, os presentes no evento definiram o time de governança dos NITs da rede de Santa Catarina, no qual a professora estará inserida, como segunda secretária. Neste ano de atuação, o objetivo do grupo é organizar e estruturar a rede para fortalecer o empreendedorismo e a inovação, definir o planejamento estratégico e ações para que os NITs façam seu papel: “fazer a conexão com as empresas e promulgar inovação e registro de patentes nas próprias universidades”, enfatizou Graziela.

Ela ainda explicou que o NITS também pode promover treinamentos sobre patente, propriedade intelectual, direitos autorais. Outro papel é promulgar o empreendedorismo através das incubadoras. “Aqui na UFFS temos a regulamentação das incubadoras, mas é necessário melhorar o entendimento do papel do NITS e seguir as diretrizes da lei, como por exemplo, conectar o NITS com os seus agentes-base – as incubadoras e as empresas juniores – que já existem na Universidade. Também precisamos fortalecer a conexão com os NITs da região e com os NITs dos outros estados, já que somos multicampi”.

A professora também relatou que o NITS, para alcançar seus objetivos, pode “promover eventos internos e com a sociedade para difundir o que é propriedade intelectual, como se gera inovação, como se registra uma patente, que tipo de produto se pode fazer registro de patente. É necessário disseminar esse conhecimento porque, a partir do momento que as pessoas passam a conhecer e sabem que podemos dar suporte a elas, temos como começar a desenvolver essas parcerias e pesquisas”.

Assim, segundo a professora, em um cenário escasso de recursos, o NITS tem um papel fundamental na sociedade. “Do lado da Universidade, o núcleo tem como angariar recursos para projetos em parceria com a indústria. E a indústria pode usar o capital intelectual já existente e uma infraestrutura, para gerar inovação. Quanto mais difícil o mercado, mais competitivo e também é possível baixarem os custos. Estamos numa das cidades mais inovadoras do país, que tem um polo tecnológico forte, que tem indústrias fortes, e o NITS pode ser fundamental no desenvolvimento de parcerias que tragam recursos que podem ser reinvestidos em pesquisas”.

Ela também citou o caso da Unicamp: a iniciativa privada, em 2018, investiu R$ 134 milhões em parcerias com a Instituição. Ainda no último ano, só em propriedade intelectual, 115 contratos ativos geraram R$ 1,7 milhão de ganhos vindos de royalties com transferência de tecnologia para a Universidade.

Para dar mais visibilidade à importância do trabalho, o primeiro projeto do NITS no Campus Chapecó será lançar “pílulas” na página do Facebook da UFFS – Campus Chapecó, ou seja, informações curtas – o que é, responsabilidades etc. – sobre o NITS e como ele pode contribuir com indústrias e com a sociedade.