6° Cine-Saúde no Campus Chapecó debate Violência nas Mídias
Atividade será na quarta-feira (22) e exibirá vídeo produzido por bolsista do projeto

Publicado em: 21 de março de 2017 10h03min / Atualizado em: 21 de março de 2017 11h03min

Já na sua sexta edição, o Cine-Saúde realiza na quarta-feira (22), às 19h, no Auditório do Bloco B do Campus Chapecó, um debate sobre violências nas mídias. O vídeo que será exibido foi produzido pela bolsista do projeto, Fabrine Fávero, baseado em elementos e esboços de roteiros traçados pelos participantes dos cines realizados até agora.

O Cine-Saúde é atividade prevista no projeto de cultura "Violências, mediação de conflitos e cultura de paz à luz do pensamento de Paulo Freire: construção participativa de audiovisuais para sensibilização de graduandos (as) em saúde", coordenado pelo professor do curso de Enfermagem, Cláudio Claudino da Silva Filho. Conta com a colaboração da professora do curso de Medicina, Graciela Fonseca, da estudante bolsista do curso de Enfermagem, Fabrine Fávero, e dos estudantes voluntários, Débora Fávero, Giovani Caus e Adriana Bauermann.

Toda a comunidade acadêmica pode participar, mas para quem deseja certificação como Atividade Curricular Complementar (ACC) de Cultura, deve enviar e-mail para projetodeculturaedital512uffs@gmail.com, contendo nome completo, curso, universidade, CPF, e-mail e telefone.

TEMA DO DEBATE

De acordo com o professor coordenador, Cláudio Claudino da Silva Filho, os noticiários ainda continuam centrando sua discussão sobre o tema da violência em aspectos sensacionalistas da violência urbana e nas manifestações físicas do fenômeno, explorando a indignação social para maximizar apenas o aspecto de "combate" da violência, como se ela fosse passível de ser facilmente remediada. “Pouco se abordam os fatores pregressos às situações, aqueles que se melhor discutidos em espaços midiáticos – e para além deles, inclusive dentro das universidades – incidiriam em todas as modalidades de violência, fazendo-nos superar inclusive a crescente necessidade em apenas classificar mais e mais subtipos de violências sem entender quais suas raízes comuns”, explicou.

Com esse projeto, para Cláudio, se defende que todas as situações de violência são igualmente graves e maléficas à saúde individual e coletiva. “Por isso é uma opção conceitual do projeto não focar em nenhum tipo de violência, tentando, assim, como instigaria Paulo Freire, amadurecermos nossa consciência ingênua para uma consciência epistemológica”, afirmou.

O Cine-Saúde, ressaltou o coordenador, além de proporcionar debates horizontais, democráticos e participativos, tem se constituído como uma possibilidade de exercício da escuta sensível quanto às situações de violência do outro e do reconhecimento de situações de violência veladas no imaginário de quem compartilha suas vivências pessoais em roda. “Sobretudo, amadurecimento quanto à superação da lógica disciplinar atreladas aos saberes profissionais específicos, valorizando a atuação transdisciplinar para entender e enfrentar o fenômeno a partir da formação em saúde e nos serviços que compõem o SUS, para além das clássicas profissões de saúde – já que contamos também com participantes dos cursos de Pedagogia, Ciências Sociais, História, dentre outros”, concluiu.

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES

Para quem quer aproveitar mais atividades do projeto, seguem as próximas datas dos debates:

30 de março, das 19h às 21h – Sétimo Cine-Saúde com tema Violência nas redes sociais – Auditório do Bloco B;

12 de abril, das 16h às 20h – Oitavo Cine-Saúde e finalização das atividades do projeto com a exibição de todos os vídeos – Auditório do bloco B. Também haverá exposição fotográfica, no Hall do Bloco B, com 36 fotos registradas por 9 acadêmicos voluntários.