Publicado em: 25 de abril de 2018 13h04min / Atualizado em: 25 de abril de 2018 16h04min
Duas equipes de estudantes de Agronomia da UFFS – Campus Cerro Largo ficaram em 2º e 3º lugar na III Competição Sul Brasileira de Identificação de Solos, realizada na UFFS – Campus Chapecó nos dias 14 e 15 de abril. A Equipe A, que ficou em 2º lugar, foi composta pelos seguintes estudantes: Maicon Junior Rauber, Flávio de Lara Lemes e Cleidimar Gersone Steinke; a Equipe B, que ficou em 3º, foi composta pelos seguintes estudantes: Jordana Duarte, Renan Brito Moreira, Augusto Gulartt Melo. A primeira colocação ficou para a equipe da UFSM (Santa Maria). Na classificação individual, os estudantes do Campus também estão entre os melhores colocados: em primeiro lugar, a estudante Taciara Zborowski Horst (UFSM - Santa Maria); em segundo lugar, o estudante Cleidimar Gersone Steinke (UFFS – Campus Cerro Largo); em terceiro lugar, a estudante Jordana Duarte (UFFS – Campus Cerro Largo); em quarto lugar, o estudante Flávio de Lara Lemes (UFFS – Campus Cerro Largo).
A 3a edição da competição contou com a participação de cinco equipes: duas da UFSM (uma de Santa Maria e outra de Frederico Westphalen), duas da UFFS (Campus - Cerro Largo) e uma da UFSC (Florianópolis). Os competidores foram estudantes de Graduação e Pós-graduação ligados à área de Pedologia, avaliados por professores e pesquisadores da área. Eles tiveram de avaliar os solos nos seguintes aspectos: nitidez, textura, cor, estrutura, consistência, potencial de uso do solo, entre outros. Os classificados vão competir no Congresso Mundial de Ciência do Solo, no dia 11 de agosto deste ano, no Rio de Janeiro (RJ).
A competição tem como objetivo promover a integração e troca de experiências entre alunos, professores e técnicos que atuam na área de Pedologia (Ciência do Solo), divulgar a área e permitir o conhecimento dos solos da região sede da competição, contribuindo para a formação dos pedólogos participantes, entre outros.
O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) – Núcleo Regional Sul, em parceria e apoio de várias entidades e instituições de ensino e pesquisa, além da UFFS: a EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Unidade Chapecó), Unoesc – Xanxerê (Universidade do Oeste de Santa Catarina), CAV/UDESC/Lages (Universidade do Estado de Santa Catarina – Centro de Ciências Agroveterinárias) e Unochapecó.
Por que estudar os solos?
Segundo o professor do Campus Cerro Largo, Douglas Kaiser, o solo pode ser considerado o substrato da vida, pois fornece água e nutrientes para as plantas, que são os produtores primários nos ecossistemas e a base da alimentação da humanidade. “Além disso, atua como regulador do ciclo da água e como um filtro de poluentes, evitando que a água subterrânea seja poluída. Serve também como meio de descarte de resíduos, um reator biológico que controla os ciclos biogeoquímicos dos nutrientes e também atua na retenção de matéria orgânica, reduzindo as emissões de gases causadores do efeito estufa”, explica Kaiser.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), atualmente mais de 25% dos solos do planeta Terra estão degradados, o que representa um risco à segurança alimentar, para a biodiversidade e para a água. Segundo Kaiser, “isso vem preocupando a humanidade, que a cada dia vem crescendo e depende diretamente do solo para a produção de alimentos, fibras, biocombustíveis, água, etc”. Desta forma, a ONU – Organização das Nações Unidas - decretou 2015 como o Ano Internacional dos Solos, e de 2015 a 2024, a Década Internacional do Solo, e “espera que a iniciativa atue para mobilizar a sociedade para a importância dos solos como parte fundamental do meio ambiente e os perigos que envolvem a degradação deles em todo o mundo”, argumenta o professor.
São considerados processos de degradação do solo erosão, compactação e poluição. Kaiser explica que cada tipo de solo possui características próprias, que definem a sua aptidão agrícola ambiental. Dessa forma, solos mais rasos de encostas e solos arenosos são mais frágeis e suscetíveis à degradação, enquanto os solos mais profundos e argilosos em áreas planas possuem melhor aptidão para uso agrícola e ambiental.
No entanto, conforme alerta Kaiser, apesar da sua importância agrícola e ambiental, “pouca atenção tem sido dada a esse recurso natural de vital importância, e muitos problemas de degradação vem ocorrendo e passam despercebidos pela sociedade, que em geral desconhece o solo e suas múltiplas funções ecológicas”, conclui.
Fotos: Divulgação - observação: a data constante nas fotos não correspondem à data em que ela foi registrada.
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